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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Estudo do Labomar sobre corais no litoral cearense é destaque internacional

Os recifes de corais do Canal do Uruaú foram alvo de estudos dos pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC). A pesquisa foi destaque na edição de dezembro da revista internacional Marine Biodiversity. Com o artigo “Ecossistemas mesofóticos: conjuntos de corais e peixes em um recife marginal tropical - Nordeste do Brasil(Mesophotic ecosystems: coral and fish assemblages in a tropical marginal reef - northeastern Brazil)”, os universitários os chamaram atenção dos editores do periódico. 

A equipe do Labomar investigou e descreveu os corais e peixes que vivem no fundo do mar daquela região. Por estarem a cerca de seis horas de barco a partir de Fortaleza e 36 metros de profundidade, eles estão mais protegido da ação humana. O local serve como refúgio, ajudando os recifes de águas rasas a se recuperarem dos problemas de poluição, aquecimento global e pesca excessiva. “Seria como uma área de floresta preservada ajudar uma área que foi desmatada, degradada, a se recuperar”, explica o Prof. Marcelo Soares, um dos autores do estudo.
Durante a pesquisa, foram feitas fotografias e vídeos auxiliares na descrição do lugar, o que possibilitou um maior conhecimento sobre o ambiente em águas profundas. “Observamos uma biodiversidade significativa, principalmente de corais, tubarões, peixes e arraias. Os mergulhadores conhecem a área como um paraíso para as arraias”, comenta o instrutor de mergulho Marcus Davis, que também assina o trabalho.
Recifes de águas profundas
Encontrados em diversas áreas no mundo, os recifes de águas profundas estão, no Brasil, em locais como os arredores da foz do Rio Amazonas, o litoral da Bahia, o Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha. Os resultados da pesquisa do Labomar são importantes por fornecerem informações sobre a biodiversidade marinha de recifes desses locais, que vêm chamando a atenção de cientistas na última década. “O litoral do Ceará possui uma vida marinha rica e pouco conhecida, principalmente em águas mais profundas. O Canal do Uruaú é uma área bastante interessante, porém, infelizmente, sem qualquer tipo de proteção ambiental, apesar de sua função para que as espécies possam se reproduzir. Seria bastante relevante criar uma unidade de conservação marinha na área”, destaca Marcelo.

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