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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Estado amplia em 23% a geração de energia eólica

A produção de energia eólica no Ceará cresceu 23,2% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado, com 922 MW médios gerados. No mês, o Ceará foi superado apenas pelo Rio Grande do Norte, que produziu 1.580 MW médios, 49,5% superior a outubro de 2016. Em seguida aparecem a Bahia, com 824 MW médios (+52,9%), e o Rio Grande do Sul, que alcançou 760 MW médios (+33,1%) no mês. As informações são do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Segundo Jurandir Picanço, coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), o crescimento observado no Estado se deve sobretudo ao aumento da potência instalada de outubro de 2015 a outubro deste ano, com a inauguração de novos parques eólicos. "Esse resultado de outubro é expressivo. Mas, em breve nós deveremos ser ultrapassados pela Bahia, que está implantando uma quantidade de parques maior do que o Ceará", diz.
Leilão de energia
Embora as linhas de transmissão continuem sendo um gargalo para novos investimentos em parques eólicos no Ceará, Picanço diz que outros estados, como Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul estão, hoje, sem disponibilidade de linhas de transmissão para novos empreendimentos, o que deve favorecer o Estado no próximo Leilão de Energia de Reserva, que será realizado no próximo dia 19.
"Nós temos muitas áreas com projetos já desenvolvidos e sem condições de transmissão. Mas, dos maiores produtores, só o Ceará tem disponibilidade. Na Bahia a disponibilidade é zero, assim como no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul. Então a expectativa é que nesse leilão do dia 19 vários parques do Ceará sejam contemplados", diz Jurandir Picanço. "Mas outro estado que vem despontando, com grande capacidade disponível, é o Piauí".
Brasil
Em todo o País, a geração de energia eólica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 52,7% de janeiro a outubro de 2016, na comparação com os dez primeiros meses de 2015, passando de 2.343 MW médios para 3.577 MW médios. "O que ocorre é que a energia eólica é a que mais está crescendo. E está assumindo uma responsabilidade importante na geração do País", diz Picanço. "Se antes a eólica era uma energia adicional (ao SIN), hoje ela é fundamental para atender a demanda, principalmente, no Nordeste. Sem as eólicas, neste ano de seca, nós estaríamos em uma situação crítica, porque toda a energia teria de ser suprida pelas térmicas".
A geração total das usinas do SIN alcançou 61.517 MW médios entre janeiro e outubro de 2016, volume 0,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram produzidos 61.258 MW médios. A fonte hidráulica registrou 45.535 MW médios, volume 7% superior ao registrado em 2015, quando gerou 42.559 MW médios. Já a geração térmica (12.404 MW médios) teve um desempenho 24,1% inferior ao alcançado no ano passado, quando geraram 16.334 MW médios.

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