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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Caem 63% os casos por transmissão vertical do HIV

Na ocasião do Dia Internacional de Luta contra a Aids, lembrado neste dia 1º de dezembro, o Ministério da Saúde chama atenção, entre vários aspectos da doença, para o combate à transmissão vertical, que acontece quando a mãe transmite o vírus HIV ao filho durante a gestação e que tem como indicador a taxa de detecção de Aids em menores de cinco anos de idade.

No Ceará, o índice está em 0,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes nessa faixa etária em 2016. Entretanto, entre 2014 e 2015, houve uma redução de 63,3% dos casos. Os dados são da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A transmissão vertical é considerada a principal via de infecção do vírus em crianças no País.
O coeficiente de detecção de HIV em gestantes nos últimos dez anos no Estado variou entre 1,3 e 2,2 casos para 1.000 nascidos vivos. Até junho deste ano, foram notificados 122 casos de HIV em gestantes. No mesmo período do ano passado, eram 139 casos nesta condição, representando uma redução de 12%. Em 2015, 60 municípios cearenses registraram casos de gestantes soropositivas.
Passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes em 2015, o Brasil como um todo viu sua taxa de detecção de Aids em menores de 5 anos cair 36% nesses seis anos, de acordo com dados do novo boletim epidemiológico de HIV e Aids de 2016, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Como forma de incentivo aos municípios para engajamento na luta contra a transmissão vertical, o Ministério está instituindo aos estados um selo de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis no Brasil. A certificação será concedida aos municípios com taxas de detecção de aids em menores de 5 anos iguais ou inferiores à 0,3 para cada mil crianças nascidas vivas e proporção menor ou igual a 2% de crianças com até 18 meses.
Perfil
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a epidemia tem se concentrado em maior número nas populações vulneráveis e nos mais jovens. Há, também, uma mudança de perfil se analisada a incidência da doença conforme o gênero. Em 2006, a razão entre os sexos era 1,0 caso em mulher para cada 1,2 casos em homem. Já em 2015, foi de um caso em mulher para cada três casos em homens. No Ceará, o maior número de casos entre os anos de 2007 e 2016 concentra-se no sexo masculino e a maior ocorrência da doença ocorre na faixa etária adulta de 30 a 39 anos, seguida dos adultos jovens de 20 a 29 anos.
Somente neste ano, no Estado do Ceará, foram notificados 813 casos de infecção por HIV, 593 de Aids e 166 óbitos, segundo as informações da atualização semanal das Doenças de Notificação Compulsória, divulgado pela Sesa. No Estado, o coeficiente de mortalidade varia, desde de 2007, entre 3,0 e 4,4 óbitos por 100 mil habitantes.
De acordo com a técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Telma Martins, as pessoas têm relaxado na prevenção, embora se tenha aumentado o número de relações sexuais eventuais, especialmente os jovens, destacando como estratégia de combate, neste aspecto, a chamada "prevenção combinada", que oferece alternativas que vão além do uso do preservativo, como a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que é a terapia utilizada para evitar a multiplicação do HIV no organismo de uma pessoa que tenha sido exposta ao vírus. "O preservativo é apenas um item dessa prevenção combinada", disse.
Fique por dentro 
Programação na Capital ofertará o teste rápido
Hoje, no Dia Internacional de Luta contra a Aids, e na sexta-feira (2), a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) promove a mobilização "Fique Sabendo", com a realização do teste rápido para detecção do vírus HIV, na Praça da Lagoinha, Centro, das 8h às 13h.
Também hoje, o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) realiza ação com a distribuição de 250 testes rápidos para Aids e Sífilis, das 8h30 às 12h. Haverá palestra e aconselhamento sobre a temática, com distribuição de lacinhos vermelhos, panfletos e preservativos. O teste rápido para Aids detecta anticorpos contra o HIV no fluido oral e fornece o resultado, que pode ser analisado a olho nu, em até 30 minutos.

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