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terça-feira, 29 de novembro de 2016

País precisa de crédito, emprego e renda

O que move a economia de qualquer país em desenvolvimento são três coisas: o crédito, o emprego e a renda. Essa é a avaliação de Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza. "E tudo isso caiu nos últimos anos", disse a empresária, na tarde de ontem, durante palestra exclusiva aos associados e convidados do LIDE Ceará. Entretanto, mesmo diante do cenário adverso, o Magazine Luiza voltará a crescer neste ano. "A gente vinha crescendo de 10% a 15%. No ano passado a gente não cresceu, mas neste ano a gente volta a crescer, o que diante da crise é um ano positivo", disse.

Sobre as perspectivas para o próximo ano, Luiza disse, à plateia de empresários, acreditar que "pior do que está não vai ficar" e que a crise acaba sendo uma oportunidade que as empresas têm de se organizar melhor. "Crise não é bom. Mas, por outro lado, ela exige que as empresas tenham mais governança, e que façam mais com menos", disse. "Mas primeiro é necessário acreditar no País, porque se em um momento desse você não acreditar o que já está depressivo fica ainda mais".
Para Luiza, porém, não basta esperar que a crise passe. É preciso começar a se preparar antes da retomada do crescimento, para não ficar para trás. "Já estamos nos preparando", disse. A expectativa é de que o Magazine Luiza abra entre 50 e 60 lojas em 2017, das quais metade na região Nordeste. "Neste ano abrimos quatro lojas no Ceará, das 12 no Nordeste. Não posso falar em números, mas posso dizer que Ceará é um foco nosso para o próximo ano". Segundo Luiza, embora o varejo no Nordeste tenha tido maior dificuldade para reagir à crise, as maiores oportunidades para o setor estão na região. "O Nordeste tem mais necessidade de consumo do que o restante do País".
Inovação e tecnologia
Entre as medidas nas quais o Magazine Luiza apostou para crescer mesmo diante da crise, a empresária destacou em dois pontos que considera "essencial" para atravessar o momento: inovação tecnológica e atendimento. "Isso é que faz a diferença", disse. "O digital está aí então não adianta fugir dele; A loja física não vai acabar, mas hoje nós fazemos tudo no celular. E uma das práticas que o Magazine tem feito é a digitalização das lojas físicas, onde os vendedores já vendem por meio do aplicativo", disse. "E nós vamos continuar com os nossos princípios de atendimento ao cliente".
Durante o evento, Luiza ressaltou o papel do governo para fomentar a economia, reduzindo a burocracia e os juros. "Ninguém está pedindo subsídio, mas o governo tem de dar o sinal (de que os juros vão cair)", disse. Para o empresário Deusmar Queirós, presidente do Conselho das Farmácias Pague Menos e conselheiro consultivo do Lide Ceará, o País precisa começar a rever seu modelo de crédito, para que mais pessoas possam ter acesso a financiamentos. "O consumo é uma grande alavanca de emprego e renda. É o que faz a economia girar. Estamos aqui para defender a retomada do crescimento e da desburocratização".

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