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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Enem será adiado para 191 mil estudantes por ocupações de escolas, confirma o Inep

Brasília/Curitiba. Cerca de 191 mil alunos que prestariam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana terão a prova adiada para 3 e 4 de dezembro, confirmou ontem o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
O motivo são as escolas ocupadas pelo movimento secundarista em todo o Brasil, 304 delas locais de prova.

Os inscritos afetados pela mudança serão avisados por SMS, e-mail e na Página do Participante, no site do Enem, de que estão dispensados do exame neste fim de semana. A data de divulgação dos novos locais de aplicação da prova ainda não foi definida, "mas será com a antecedência necessária", afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
A nova prova, segundo ela, já está pronta - e foi elaborada a partir do banco de itens do órgão, vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Será uma versão diferente da que será aplicada neste fim de semana, "mas absolutamente equivalente, com o mesmo formato".
O cronograma de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) será mantido, assim como os prazos para candidaturas ao Programa Universidade Para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no ano que vem.
Maria Inês Fini afirma que os prejuízos financeiros de uma nova prova "ainda não foram calculados". Porém, o próprio MEC divulgou nota, semana passada, estimando R$ 8 milhões de custos adicionais. "Lamentavelmente, quem paga a conta é o governo federal. Adoraríamos passar esse custo aos verdadeiros responsáveis, que, na minha visão não são os jovens", disse ela, afirmando que os alunos estão sendo "orientados para invadir".
Repressão
Os cerca de 100 estudantes, segundo o Movimento Ocupa Paraná, que estão no Núcleo Regional de Educação, em Curitiba, tiveram a água, luz e comida cortadas entre as 10 e 15 horas.
Nesse período, a Polícia Militar cercou o prédio, localizado no bairro São Francisco, mas sem autorização judicial precisou ficar do lado de fora. Em Curitiba, 20 das 25 escolas que estavam ocupadas foram liberadas e o número de colégios ocupados no Paraná caiu para 301.

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