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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Vendas do varejo cearense têm 6ª maior alta do País

As vendas do varejo cearense restrito tiveram variação positiva de 0,7% em julho ante junho, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada ontem (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de tímido, o avanço representa o sexto maior crescimento entre as Unidades da Federação. Já na comparação com julho do ano anterior, houve recuo do varejo em 6,4%.

O comércio varejista ampliado, que abrange os setores de materiais de construção, veículos e peças, teve queda ainda maior em julho ante igual período de 2015: -12,6%. Com o resultado de julho, o comércio cearense acumula queda de 12,1% no ano e 13% em 12 meses. Acima do Ceará em crescimento de vendas do varejo restrito estão Alagoas (0,9%); Acre (1,8%); Tocantins (1,9%); Amazonas (3,4%) e Roraima (4%).
Para Severino Neto, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), a alta no varejo restrito é uma freada no pessimismo, mas o dado ainda não é suficiente para indicar como devem ser os próximos meses. "O fato de não estar caindo demonstra uma recuperação da confiança, tanto por parte do empresariado como do próprio consumidor. No caso do varejo ampliado, envolve mais crédito e o crédito continua caro", avalia.
Setores
Todos os setores observados pela PMC tiveram variações negativas no mês, no ano e em 12 meses. Os recuos mensais mais intensos ficaram por conta dos materiais de construção (-26,5%); veículos, motocicletas, partes e peças (-24,2%); móveis e eletrodomésticos (-22,5%) e papelaria (-21,6%).
As quedas menos acentuadas, segundo o IBGE, ocorreram nos setores hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%); combustíveis e lubrificantes (-2,3%); tecidos, vestuário e calçados (-3,3%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,3%).
Considerando os primeiros sete meses do ano, a menor retração foi em tecidos, vestuário e calçados (-2,4%). Levando em consideração os últimos 12 meses até julho, os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos recuaram 1%.
Receita nominal
A receita nominal do varejo restrito do Ceará, na série com ajuste sazonal, cresceu 1,9% em julho, após um crescimento de 0,9% em junho e queda de 1,2% em maio. No varejo ampliado, houve queda de 2,8% da receita em julho e recuos de 2,4% no ano e 4% nos últimos 12 meses.
Brasil
A variação de 0,7% no varejo restrito ficou acima do volume de vendas nacional (-0,3%). O resultado negativo do País vem após alta de 0,3% em junho ante maio. No confronto com julho de 2015, o total do varejo restrito nacional apontou queda de 5,3% no volume de vendas, acumulando redução de 6,7% nos sete primeiros meses de 2016. A taxa em 12 meses ficou em -6,8%, perda mais intensa da série histórica (iniciada em 2001) para essa comparação.
Ampliado
De acordo com os dados do IBGE, o varejo ampliado brasileiro teve queda de 10,2% nas vendas em julho ante julho de 2015. No ano, a retração acumulada é de 9,4%, enquanto a taxa anualizada (12 meses) fechou o sétimo mês de 2016 em -10,3%.

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