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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Só 10% não pretendem gastar na Black Friday

São Paulo. A intenção dos consumidores de gastarem melhorou este ano para um dos principais eventos promocionais do varejo, a Black Friday, segundo dados de pesquisa do Google, apresentados ontem. Levantamento identificou que apenas 10% não esperam gastar nada na data promocional de novembro, enquanto no ano passado esse montante superava 20%, destacou a gerente Carol Rocha.
Participaram da pesquisa 800 brasileiros de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões do país, durante o mês de agosto.

Uma explicação possível para essa maior disposição a comprar está na ampliação da busca dos consumidores por descontos e promoções este ano. De acordo com o responsável pela área de relações com o varejo no Google, José Melchert, as pesquisas feitas pelos usuários no buscador cresceram 60% em janeiro deste ano em relação a igual período do ano passado.
Segundo a pesquisa, três em cada quatro consumidores online se dizem engajados ou animados com a edição deste ano.
O levantamento, também mostra que o tíquete médio das compras na Black Friday tende a ser superior à média das vendas no comércio online fora da data. O gasto médio durante o evento é de R$ 1 098, segundo os dados de 2015, mais que o dobro do tíquete no resto do ano, que gira em torno de R$ 450 a R$ 500.
Por conta desse tíquete mais elevado, o pagamento parcelado em cartão de crédito é a principal forma de viabilizar a compra. De acordo com o estudo, 61% dos consumidores utilizaram esse meio. Compras à vista são apontadas por 33% dos entrevistados. Em seguida estão o pagamento em dinheiro (32%), boleto bancário (26%), cartão de débito (18%), PayPal e similares (16%) e débito (12%).
Compras pessoais
Com o consumidor se planejando mais para comprar, a expectativa é de que as vendas da Black Friday neste ano cresçam ainda mais nos itens de alto gasto médio. Os consumidores que querem comprar eletroeletrônicos e eletrodomésticos foram os que mais disseram que pretendem esperar pela Black Friday: smartphone (57% pretendem aguardar), informática (58%), TV (55%), aparelhos de áudio/vídeo (66%), eletrodomésticos (54%) e eletroportáteis (51%).
Dados do Google mostram ainda que na Black Friday predominam compras pessoais. Mais da metade (53%) compra apenas para si mesmo. Os demais, 19% compra para presentear e 27% para ambos, antecipando parte das compras de Natal.
Online desacelera
A despeito das boas expectativas para a Black Friday, o comércio eletrônico desacelerou em relação a anos anteriores e registrou crescimento nominal de 8% no primeiro semestre de 2016 na comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado, calculados especificamente para lojas online.
O ritmo de crescimento é inferior aos 17% de alta reportado em todo o ano de 2015. Mesmo com a freada, o comércio online apresenta desempenho superior à média total do varejo, que cresceu em termos nominais 4% no primeiro semestre deste ano, segundo os dados da Cielo.
De acordo com o estudo apresentado ontem, a participação do comércio eletrônico atingiu 6% do total das vendas do varejo. O gerente de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, destaca ainda que, entre os compradores já habituados a adquirir produtos online, a representatividade do e-commerce salta: esses consumidores gastam 25% do total de suas compras online.
O estudo da Cielo destacou ainda o desempenho do varejo nas últimas edições da Black Friday. No comércio eletrônico, o ritmo de crescimento das vendas tem sido acelerado, o que Mariotto destaca como sendo reflexo de a data ainda estar ganhando espaço no calendário de compras dos brasileiros.
Em 2015, o e-commerce cresceu 43% na Black Friday ante 67% em 2014.

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