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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Receita de serviços no NE cresce 79,8% em 7 anos

Fortaleza/Rio. A receita bruta do setor de serviços no Nordeste acumulou crescimento de 79,8% no período de sete anos, entre 2007 e 2014. Essa foi a segunda maior taxa dentre as cinco regiões do país, estando atrás apenas da registrada pelo Centro-Oeste (87,8%). Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Norte obteve a menor alta da receita (57,8%), e foi superado pelos resultados das regiões Sudeste (61,0%) e Sul (72,1%).

O levantamento do IBGE mostra que o Nordeste foi a região onde houve maior alta acumulada da massa salarial (106,1%) e de pessoal ocupado (77,3%) durante os sete anos no setor. As menores taxas foram verificadas na região Sudeste: 77,6% e 49,7%, respectivamente.
Apesar dos indicadores positivos, a região Nordeste apresentou o menor salário médio pago pelas empresas de serviços em 2014, de 1,7 salário mínimo. Em seguida, figuraram as regiões Sul e Norte (2,1 salários mínimos cada), Centro-Oeste (2,2) e Sudeste (2,6).
Números do setor
De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços, o País tinha cerca de 1,3 milhão de empresas de Serviços não financeiros em 2014, que totalizaram R$ 1,4 trilhão em receita operacional líquida e R$ 842,1 bilhões em valor adicionado. As empresas ocuparam 13 milhões de pessoas e pagaram R$ 289,7 bilhões em remunerações no ano. A produtividade média - divisão do valor adicionado pelo total de ocupados - chegou a R$ 64.010
O pessoal ocupado no setor de Serviços aumentou 4,5% em relação ao ano anterior, enquanto a receita operacional líquida teve crescimento real de 6,5% e a massa salarial aumentou 8,0%, já descontada a inflação do período.
Segmentos e atividades
O segmento que deu a maior contribuição ao crescimento da massa salarial do setor foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que teve aumento de 7,6%, o equivalente a um impacto de 2,8 pontos porcentuais.
Entre as atividades, as três que mais contribuíram para o crescimento foram serviços de alimentação, impulsionados pelo aumento de contratações para a Copa do Mundo de 2014; tecnologia de informação, devido à entrada de novas empresas no mercado; e transporte rodoviário de cargas, puxado pela safra recorde de grãos em 2014. Todas essas atividades tiveram impacto positivo de 1,1 ponto porcentual na elevação da massa salarial dos serviços.
A Copa do Mundo, realizada no Brasil em 2014, também teve influência sobre a receita bruta das empresas dedicadas às atividades culturais recreativas e desportivas, que mostrou a maior variação real em relação a 2013 nas regiões Norte (18,0%), Nordeste (37,8%) e Sul (20,2%).
O resultado acompanha a evolução da taxa de investimento dessas atividades, que passou de 4,8% em 2011 para 10,0% em 2012, 12,3% em 2013 e 12,0% em 2014, impulsionada pelo campeonato mundial de futebol realizado no País.
As atividades culturais, recreativas e esportivas também mostraram a maior alta real dos salários em 2014 (19,3% em relação ao ano anterior) e, ainda, foram responsáveis pelos maiores aumentos porcentuais em postos de trabalho nas regiões Norte (25,1%) e Sul (12,9%).
Quedas
Na passagem de 2013 para 2014, entretanto, oito das 35 subdivisões dos Serviços mostraram queda no número de trabalhadores ocupados.
As retrações aconteceram em Telecomunicações (-8,0%); agências de viagem, operadores turísticos e outros serviços de turismo (-7,5%); manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos (-6,6%); transporte dutoviário (-2,6%); e seleção, agenciamento e locação de mão de obra (-2,6%).
Também tiveram quedas os serviços de edição e edição integrada à impressão (-0,5%) e esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais (-0,5%).
Em 2014, a região Sudeste concentrou 64,9% da receita bruta dos Serviços, 65,2% das remunerações e 58,4% do pessoal ocupado, além de pagar o maior salário médio (2,6 salários mínimos).

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