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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Peixe gigante causa admiração em Choró

Choró. Histórias de pescadores costumam ser apimentadas com causos fantasiosos. É o que diz a cultura popular. Mas neste Município da região do Sertão Central do Estado, distante cerca de 180Km de Fortaleza, um pescador conseguiu pegar um peixe de mais de um metro e pesando mais de 30 quilos. A proeza aconteceu na manhã de ontem, durante uma pescaria no açude Pompeu Sobrinho.

A história é verdadeira. É o que garante o radialista Jonathas Oliveira, da cidade de Choró, que conseguiu tirar uma foto no momento em que saia da emissora e passou pelos pescadores que exibiam o peixe como troféu pelas ruas da cidade. "Eles vinham passando na hora que eu estava saindo da rádio e eu tirei uma foto. Estava todo mundo olhando, muita gente admirada", disse.
O autor da proeza foi o pescador Aberto Ferreira de Lima, 26, do distrito de São José. Ele conta que o peixe caiu em uma rede que ele espalha nas noites em que pesca. "Eu espalho a rede e deixo de um dia pro outro. Aí, quando foi ontem, pegue esse, mas antes eu já tinha pego três, um com 20 e outros dois com 25 quilos", relata Alberto. Os peixes, afirma, seriam tambaquis. Desde pequeno Alberto pesca, mas espécie deste tamanho, "foi o primeiro. Nunca tinha pego um deste tamanho", se admira.
Na hora da pesagem o pescador garantiu que a espécie teria mais de 30 quilos. Jonathas resolveu postar a imagem na internet, que acabou viralizando. Na cidade, várias pessoas ficaram admiradas. Marcondes Ferreira, balconista de farmácia, relata que ficou admirado: "Nunca tinha visto um peixe gigante como esse. Mas pode até existir porque o açude é velho, grande e ninguém tinham visto ele na situação em que está hoje".
Segundo o presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado do Ceará (AEP-CE), Antônio Diogo Lustosa, espécies de água doce cearense deste tamanho são incomuns. Ele prefere acreditar que o peixe seja da espécie Arapaima gigas. "Não há relatos de peixes deste tamanho no Ceará. Peixes deste tamanho aqui no Nordeste só os pirarucus, que foram trazidos pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) da Amazônia na década de 50, e colocados nos açudes de todo o Nordeste para o controle biológico da piranha", esclareceu Diogo.
Entre suas apostas está também a possibilidade de o peixe gigante encontrado em Choró ser alguns dos filhotes de alevinos que se reproduzem em Pentecostes. "Há cerca de uma década atrás, o governo federal patrocinou um experimento no Dnocs de Pentecostes onde montou um laboratório de reprodução de alevinos de pirarucu. Certamente esses alevinos foram colocados em outros açudes porque o Dnocs faz um controle de peixamento. Pode ser que este já seja um dos filhotes destas espécies", disse o especialista.

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