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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Não houve golpe, diz The Economist

Londres. O impeachment de Dilma Rousseff não foi um golpe. Quem diz é a revista britânica The Economist. "O processo durou nove meses, de acordo com a Constituição e supervisionado pela Corte Suprema (Supremo Tribunal Federal), cuja maioria dos membros foi nomeado por Rousseff ou Luiz Inácio Lula da Silva", diz a publicação.
Ainda assim, a revista de viés liberal destaca que os defensores de Dilma estão corretos ao afirmar que a acusação contra Dilma de ter usado créditos suplementares sem o aval do Congresso é um assunto relativamente "pequeno" e "técnico".

A publicação também considera plausível o argumento de Dilma de que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que aceitou o pedido de impeachment, o fez como um ato de vingança porque ela teria se recusado a ajudá-lo a escapar das acusações de corrupção.
Por outro lado, segundo a revista, isso não é suficiente para "virar a mesa" a favor de Dilma.
Lições
Ainda conforme a revista, o impeachment traz três lições. A primeira é que Dilma pagou o preço mais alto pela irresponsabilidade fiscal e que isso deveria ser um alerta para outros políticos latino-americanos.
Segunda, que os brasileiros estão prontos para cobrar e punir os governantes. Para a revista, o presidente Michel Temer perderá legitimidade caso ceda a pressão dos amigos para cessar a investigação na Petrobras ou ajudar Cunha. Por último, a "forte tradição parlamentar" do Brasil impede, para The Economist, que qualquer presidente governe contra o Congresso.

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