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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Madre Teresa é canonizada pelo papa Francisco

Cidade do Vaticano. O papa Francisco proclamou como santa a madre Teresa de Calcutá, que dedicou sua vida aos pobres, em uma missa de canonização celebrada, neste domingo, na Praça de São Pedro. Seu dia no calendário católico de santos será 5 de setembro, data da sua morte, em 1997."Que nos ajude a entender que nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e oferecido a todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião", declarou o Papa durante sua homilia.

"É um dia de celebração e de muitas bênçãos", disse, em Calcutá, a irmã Mary Lysa, das Missionárias da Caridade, congregação fundada por madre Teresa, em 1950, e que hoje conta com cinco mil seguidoras.
Os indianos, que lotaram a Praça de São Pedro, expressavam o seu orgulho por esta missionária albanesa, que se converteu em um ícone mundial dos mais pobres em Calcutá.
Milagres
O ritual da canonização precisa da realização confirmada de dois milagres. A cura do engenheiro Marcilio Haddad Andrino, nascido em Santos (SP) foi o segundo caso atribuído pela Igreja Católica à madre Teresa. Em 2008, o paulista, então com 35 anos, foi diagnosticado com uma grave doença - hidrocefalia e oito abcessos no cérebro -, mas ficou curado sem passar por cirurgias. Segundo a Igreja, sua mulher fazia orações para a madre constantemente. O casal participou da cerimônia no Vaticano e recebeu a bênção do papa.
O neurologista italiano Carlo Jovine, que participou do comitê do Vaticano, disse à época do reconhecimento do milagre que não há precedentes para o caso. "Se há um só abcesso cerebral se pode recuperar, mas com oito e um quadro de hidrocefalia aguda, a porcentagem de óbitos é praticamente 100%", explicou.
Polêmica
A canonização da Madre, no entanto, causou controvérsia. O processo que resultou na santificação é criticado pela velocidade. Costumam esperar-se cinco anos após a morte do candidato, mas a causa dela começou apenas dois depois, com intervenção do Papa João Paulo II.
Do ponto de vista religioso, seus milagres também são contestados. A cura da indiana Monica Bersa é atribuída por céticos a seu tratamento médico, e não à intervenção divina.
Os críticos da nova santa também insistem que os padrões de higiene e cuidados médicos na congregação que ela fundou eram inadequados. Sua figura, em geral recordada pela piedade, é criticada pelo físico indiano Aroup Chatterjee. Ele afirma que a freira era uma "criatura medieval da escuridão".
Para o papa Francisco, porém, Madre Teresa de Calcutá encarna seu ideal de uma "igreja pobre para os pobres".

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