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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Turismo de eventos no CE deve crescer 12% em 2017

Com o turismo receptivo doméstico e internacional em queda no Ceará, o turismo de negócios deve ser o responsável por alavancar a atividade no próximo ano. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Ceará (ABIH-CE), Eliseu Barros, a meta é que o turismo com foco em eventos, congressos, feiras e outros acontecimentos do gênero obtenha crescimento de 12% no próximo ano.
Ele explica que já foi iniciado trabalho focado no ano que vem para a captação desses eventos, focando no primeiro semestre, que, segundo Eliseu, continua com sazonalidade forte.


 "Nós temos janeiro, que é um mês de altíssima ocupação e segue assim até o carnaval. Quando a gente entra março, abril, maio e junho, temos registrado ocupações de 30%, 40%, e isso não cobre os custos dos hotéis", diz.
"O turismo de lazer cai muito no período de aulas escolares, então nós temos dado essa focada no turismo de negócios", acrescenta, destacando que, com a infraestrutura que a capital cearense tem hoje, Fortaleza está preparada para receber diversos tipos de eventos.
Estratégias
Ontem (4), setores do trade turístico se reuniram com o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, para tratar de estratégias de captação de eventos para o Estado. O presidente do Convention & Visitors Bureau, Régis Medeiros, afirmou estar otimista com a retomada do movimento turístico no País.
"Eu acredito que em 2017, nós já teremos passado o auge da crise, então acho que já poderemos pensar em um ano que vem bem melhor que 2016. Os números, expectativas e projeções financeiras estão apontando para isso", ponderou Regis, ressaltando que Fortaleza tem uma boa infraestrutura de hotelaria e de tudo que permeia um grande evento.
Para ele, a ideia do Estado apenas como um destino voltado para o lazer não é mais pertinente. "Lembramos que o turismo de eventos vem fora da alta temporada do turismo de lazer. A gente tem que igualar cada vez mais essa balança entre o turismo de lazer e o de negócios, isso nos coloca em um patamar de mais estabilidade ao longo do ano inteiro, com boa ocupação todos os meses", frisou Regis.
Manutenção de empregos
Ele salienta ainda que manter o turismo de negócios forte nos meses de baixa estação é importante para evitar o desemprego ao fim da alta estação. "Era montada uma estrutura para julho e para o fim de ano e, quando acabavam esses períodos, as pessoas eram demitidas e, na alta estação de novo, eram contratadas novas pessoas, sem treinamento e sem experiência. Com isso, a gente pode investir em treinamento para um mesmo grupo, mantendo-os ao longo do ano todo. Isso melhora a qualidade dos serviços prestados", diz.
Para o titular da Secretaria de Turismo do Ceará (Setur), Arialdo Pinho, o cenário para o ano que vem ainda é de incerteza. "O turismo de negócios depende muito da economia. Se a economia do ano que vem for pior, consequentemente o turismo de negócios será mais fraco", analisa, completando que acredita em uma retomada da atividade econômica em 2018.
Barômetro do turismo
Ontem (4), o Conselho Empresarial do Turismo e Hospitalidade (Cetur), da Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), lançou o Barômetro Turístico, sondagem do segmento de turismo no Estado. Segundo o levantamento, o Ceará ocupa o quinto lugar entre os destinos mais procurados pelos brasileiros, respondendo pela recepção de 5,5% da demanda doméstica.
A demanda internacional para o Ceará, por via aérea direta, atinge em média a 1,25% da demanda internacional receptiva para o Brasil. Ainda segundo a pesquisa, os reflexos da crise atual na economia do turismo local podem ser avaliados através do comportamento do valor adicionado (riqueza gerada) que apresentou uma retração de 3,68% no 1º trimestre do ano.
O coordenador da pesquisa, Hildemar Silva Brasil, avalia que o cenário de prospecção ainda é um pouco nebuloso, já que a situação do País continua instável. "Os nossos empresários no Ceará, historicamente, acreditam que o segundo semestre será melhor do que o primeiro semestre, por conta dos eventos, o que é verdade. Há uma esperança positiva de que eles possam recuperar, em parte, não todo, os prejuízos que arcaram no primeiro semestre", afirma Brasil.
O desembarque de passageiros originados no mercado doméstico teve variação negativa de 5,26% nos primeiros três meses do ano, enquanto no plano internacional, houve uma leve queda estimada em 1,40%.

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