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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mortes aumentam 26% este ano

São Paulo/Lisboa. Mais de 4.000 imigrantes e refugiados morreram neste ano durante deslocamentos, um aumento de 26% em relação a igual período de 2015, anunciou ontem a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Um total de 4.027 migrantes perdeu a vida quando tentavam cruzar o Mediterrâneo, estradas do norte da África e a fronteira entre a Turquia e a Síria, entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, informa a entidade.

A grande maioria, 3.120 pessoas, morreu na travessia do Mediterrâneo, um aumento de 60% na comparação com os primeiros sete meses de 2015. A rota marítima mais perigosa continua sendo a travessia para a Itália, que deixou 2.692 mortos, muito à frente dos itinerários a caminho da Grécia (383 mortos) e da Espanha (45 mortos).
Quanto aos desaparecidos no Mediterrâneo, a OIM aumentou seu balanço, após a descoberta recente de 120 corpos nas praias da cidade de Sabrata, no oeste da Líbia, vítimas de vários naufrágios nas últimas semanas.
Nem a organização, nem a guarda-costeira líbia informaram se estes desaparecimentos se devem a um ou a vários naufrágios de embarcações de migrantes. Segundo o porta-voz da OIM, Joel Millman, parece que os passageiros estrangeiros tentavam chegar à Itália.
O relatório da OIM inclui ainda as mortes ocorridas durante as travessias por terra na Europa (26 vítimas), no Norte da África (342) e no Oriente Médio (81), além de mortes em outras partes do mundo.
A OIM informou que, até o dia 27 de julho, 257.186 deslocados entraram na Europa por via marítima, sendo que a maioria se dirigiu para a Grécia e a Itália. A Itália, no entanto, mereceu destaque por ter registrado "números virtualmente idênticos" aos do ano passado, segundo o diretor do OIM em Roma, Flavio Di Giacomo.
Foram 94.449 imigrantes que chegaram aos portos italianos, com 2.692 mortes na rota chamada de Mediterrâneo Central. A Grécia recebeu 160.233 pessoas e a rota até o país registrou 383 mortes.
Documentário
Uma equipe brasileira está produzindo o documentário Diáspora, Todos os Sonhos do Mundo, sobre a crise dos refugiados na Europa. O projeto pretende ser uma visão imparcial sobre o problema acompanhando quatro famílias de refugiados ao longo de dois anos, mostrando as suas vidas e as da comunidade em que se inserem.
O diretor de Fotografia da produtora, Fred Alves, aponta que por serem do Brasil, "um país neutro", os cineastas têm a possibilidade "de falar de um ponto de vista mais aberto".
(com informações das agências Folhapress, Ansa e Lusa).

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