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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Morre o jornalista Neno Cavalcante

O jornalismo opinativo do Ceará perdeu, na tarde de ontem, um de seus grandes representantes. Faleceu domingo (14), aos 61 anos, em sua residência, na Praia de Iracema, o jornalista e colunista do Diário do Nordeste,Neno Cavalcante. A informação foi confirmada por familiares. O velório será realizado na funerária Ethernus, na Rua Padre Valdevino, 1688, a partir das 9h.
No meio jornalístico, José Nairton Quezado Cavalcante ficou conhecido como Neno Cavalcante. Junção do apelido de infância ao último sobrenome. Protagonista de um jornalismo opinativo, que unia humor, criatividade e ironia, Neno iniciou sua trajetória profissional na comunicação em agosto de 1977. No Diário do Nordeste atuava desde a fundação do jornal, em 1981.
Durante a trajetória profissional também trabalhou na TV Diário, onde entre os anos de 1999 e 2013, comandou o programa "Teveneno". Ao todo foram 3.207 edições da atração. Crítico, Neno escrevia e comentava sobre política e assuntos diversos em suas produções.
O jornalista era titular da Coluna "É" no Caderno 3 do Diário do Nordeste. Neste trabalho, transpôs para o papel bordões conhecidos como o "Ih! É novo". No período recente, o jornalista fazia comentários diários na TV DN - webTV do Diário do Nordeste. Ao todo, foram 39 anos de jornalismo. Em 2008, Neno lançou um livro intitulado "Era...". A obra reuniu notas publicadas por ele em 30 anos de profissão.
Repercussão
Contemporâneo de profissão, o jornalista Luís Sérgio Santos ressaltou a importância de Neno para o jornalismo. "Uma das coisas que mais me fascinava era a velocidade dos comentários dele, daquela ironia saudável". Para o jornalista Newton Almeida, uma característica marcante era que "Neno sempre foi uma pessoa muito leal e seguidora do princípio do bom jornalismo".
Já o amigo de profissão Anderson Sandes, também contemporâneo de Neno, ressaltou que os cearenses hoje devem pensar o jornalismo a partir de pessoas como Neno, "profissionais como ele dão uma resposta para aqueles que criticam esta profissão".
"Neno vai fazer muita falta, como pessoa, como jornalista e como colunista, vai deixar um espaço insubstituível", enfatizou o editor do Caderno 3, Dellano Rios. O corpo de Neno será velado na Funerária Ethernus (Rua Padre Valdevino, 1688, Aldeota) e depois cremado.

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