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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Justiça afasta prefeito de Quixadá e 4 secretários

Quixadá. O prefeito deste Município da região central, distante 170 km da Capital, João Hudson Bezerra, além de outros quatro secretários e um procurador público, foram afastados ontem de seus respectivos cargos por uma decisão da Justiça. Os gestores foram alvos da operação "Folhas em Branco", deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que investiga a participação do grupo em crimes de improbidade administrativa. O afastamento é por 120 dias.

A operação foi deflagrada durante o dia de ontem. Membros do MPCE cumpriram mandados de busca e apreensão na sede do Centro Administrativo, onde João Hudson despachava, e nas secretarias de Educação, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Planejamento e Finanças e Desenvolvimento Social. Os mandados foram expedidos pelo juiz de Direito auxiliar da 1ª Vara da Comarca de Quixadá, Adriano Ribeiro Furtado.
Além do prefeito, o magistrado determinou o afastamento de Antônio Martins de Almeida Filho, Raimundo Nonato Martins, Francisca Verônica Costa Marinho e Vera Lúcia Coelho de Aragão, gestores das respectivas secretarias.
O procurador-geral do Município, Edil de Castro Cavalcante, também foi alvo da decisão, além do ordenador de despesas do Departamento Municipal de Trânsito de Quixadá, Geipson Lopes e a responsável pelas despesas do gabinete, Ayla Mayara Arneiro de Barros. Além de afastados, a decisão do juiz proíbe que os gestores tenham acesso às dependências da Prefeitura.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Quixadá, a operação ocorre após os envolvidos descumprirem ordens e acordos judiciais anteriormente firmados, para garantir o pagamento em dia dos servidores .
A Justiça determinou a indisponibilidade de bens em nome dos envolvidos. Juntos, eles somam o valor de R$ 600 mil, que será usado para o pagamento de uma multa, correspondente a cem vezes o valor dos salários recebidos pelos investigados, e que ainda será imposta.
A Câmara de Vereadores de Quixadá deve marcar nos próximos dias uma sessão para nomear o vice-prefeito, Antonio Weligton Xavier Queiroz, como prefeito interino. O prefeito afastado João Hudson disse que já acionou seus advogados para entrar com recurso a fim de reverter a decisão. "A Justiça tem que entender que as prefeituras não se restringem à folha de pagamento". O gestor reconheceu um mês de salários em atraso, mas frisou que utiliza o dinheiro da arrecadação para "pagar carros, gasolina, limpeza das ruas".
Até o início da próxima semana, João Hudson garantiu que seus advogados estarão entrando com um recurso na Justiça. "Tenho tudo documentado e pretendo voltar ao cargo o mais rápido possível".

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