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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Índice de reeleição deve ser pequeno

De todos os prefeitos que estão em condição de serem reeleitos no País, cerca de 80% não conseguirão atingir o objetivo de se manter a frente da gestão de seus municípios.

A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli. 

O especialista afirma que o número apresentado na pesquisa, realizada recentemente, pela associação que preside, mostra que esta "foi a pior gestão" que já existiu no Brasil.

"A crise econômica prejudicou aos administradores que, por falta de recursos, deixaram de atender a determinados apelos da população. E isso vai pesar na hora em que o eleitor estiver na frente das urnas", pondera.
O problema, de acordo com o pesquisador, é que grande parcela dos gestores deixou de comunicar aquilo o que conseguiu fazer, mesmo com recursos escassos. "A maioria deixou isso de lado, se apegou a ficar unicamente reclamando, e só agora quer correr atrás. Não vai funcionar, porque comunicar os feitos à população nesse momento tem viés eleitoreiro e as pessoas olham como sendo comunicação eleitoreira e dificilmente terá algum benefício", analisa.
"Portanto esses 80% não perderão apenas pela fragilidade ocasionada pela falta de recursos, mas por falta de estratégia", avalia. Nesse cenário, conforme Manhanelli, levam vantagem os candidatos que fazem oposição aos atuais gestores.
Para o professor da Universidade Federal de Roraima e coordenador do Núcleo de Pesquisas Eleitorais e Políticas da Amazônia (Nupepa), Roberto Ramos, as eleições deste ano serão definidas por questões mais locais do que nacionais. "O eleitorado, de modo geral, consegue distinguir competências políticas nos níveis federal, estadual e municipal. Mas na hora de votar ele dará mais atenção àquilo que o gestor ofereceu ao local onde mora", explica.
O cientista político Uribam Xavier, professor doutor da Universidade Federal do Ceará (UFC), ressalta que, no mínimo, é de estranhar um prefeito que ocupa todo o mandato, ou grande parte dele, reclamando da falta de recursos e, mesmo assim, disputará por mais quatro anos de gestão. "Hoje se disputa sem nenhum projeto político, parecendo que o objetivo dessas disputas é unicamente a manutenção ou conquista do poder", analisa.

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