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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Em 12 meses, inflação da Capital é a maior do País

Após uma sequência de desacelerações mensais, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de julho tomou fôlego e voltou a subir. Segundo dados divulgados ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA do último mês registrou variação positiva de 0,65% ante o mês imediatamente anterior, junho. Além da retomada, os resultados acumulados - no ano até julho e nos últimos 12 meses - seguem como os maiores do País.


Nos primeiros sete meses do ano, a inflação acumula alta de 6,10% - número acima do teto da meta estipulada pelo governo para 2016. Já no acumulado dos últimos 12 meses até julho, o IPCA apresenta variação de 10,78%.Na avaliação do economista Alex Araújo, a situação é preocupante.
Resistência
Ele avalia que a taxa deveria estar abaixo de 0,45%, por dois motivos. Primeiramente, por conta da própria crise econômica, que reduz a demanda, colaborando para a queda dos preços e, também, devido à manutenção da taxa de juros muito elevada. "Essa inflação resistente realmente preocupa, porque ela mostra que apesar de tudo isso, nós não estamos conseguindo trazê-la para baixo", afirma.
Dentre as variações mensais, os itens com as maiores altas foram os cereais, leguminosas e oleaginosas, com variação de 12,76%; Leite e derivados (5,59%); Sal e condimentos (3,92%); tecidos e armarinho (3,88%) e Hortaliças e verduras (3,17%). As menores variações ficaram por conta dos Tubérculos, raízes e legumes (-12,08%); Frutas (-10,35%); roupa infantil (-1,66%); enlatados e conservas (-1,38%) e Roupa feminina (-1,18%).
Efeito da seca
Para Alex Araújo, as fortes variações nos itens cereais e hortaliças estão associadas ao quadro de seca no Estado. "A maioria desses produtos se dá no entorno, então esse prolongamento da seca afeta a oferta de alimentos", destaca, acrescentando que, dependendo do quadro climático do Estado, é de se esperar que esses produtos continuem inflacionando.
Ele também considera que, no caso de Fortaleza, ter as inflações mais altas do País é ainda mais agravante.
"É uma cidade que tem o salário baixo e isso penaliza muito a população mais pobre, então, em uma capital na qual se tem a renda mais baixa e a inflação mais alta, isso é realmente preocupante", explica o economista.

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