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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Cliente pode economizar até 35% em atacarejos

Mesmo com a leve queda registrada na inflação em Fortaleza no mês de junho, que atingiu 0,32% ante 0,99%, em maio, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as despesas com itens fundamentais de alimentação e higiene pessoal continuam pesando no bolso do cidadão, que precisa pesquisar antes de comprar para controlar o orçamento familiar. Na busca por preços mais baratos, o consumidor pode contar com o s supermercados comuns e com os chamados atacarejos, estabelecimentos que vendem tanto no atacado, quanto no varejo.

A reportagem pesquisou o valor de 20 produtos em cinco estabelecimentos na Capital, sendo três deles supermercados que vendem apenas no varejo e outros dois atacarejos - e constatou que não é sempre que os últimos oferecem preços mais atrativos. Em alguns locais, não foram encontrados todos os produtos, mas, se considerarmos os 14 itens que foram encontrados em todos os comércios visitados, a variação do gasto é de 35,06%. As compras mais baratas são nos atacarejos, R$ 61,63 e R$ 67,59, respectivamente, e a mais cara tem o valor total de R$ 83,24, em supermercado comum.
Preços
Considerando os produtos pesquisados, os destaques foram no quilo do coxão mole, que teve variação total de 53,78%. O valor mais caro para o quilo da carne, R$ 25,99, foi encontrado em um supermercado comum, enquanto o mais barato, de R$ 16,90, foi verificado em um atacarejo. A laranja foi outro item que também apresentou grande variação nos preços, sendo o quilo mais caro encontrado por R$ 2,58, em um supermercado comum, e mais barato a R$ 1,73. Vale destacar que alguns produtos foram encontrados por preços maiores nos atacarejos que nos supermercados, a exemplo do quilo do tomate, com variação de 178,21%, e do quilo da maçã nacional, com diferença de preços de até 81,73%.
Segundo o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira, os principais fatores para a variação de preço são a qualidade dos produtos e as transações que são feitas entre cada estabelecimento e os seus fornecedores, que são revertidas em promoção para o consumidor.
"Por exemplo o tomate, muda o tipo de semente, pode estar mais maduro ou ser mais novo", explica. Vieira declara que, de forma geral, nos supermercados, cada item é colocado no máximo duas vezes em promoção durante o período de trinta dias. "Depende das negociações com os fornecedores, mas em 99% dos casos quando há promoção, o fornecedor sempre ajuda", indica.
Custo menor
Sobre a variação de preço existente entre os supermercados comuns e os atacarejos, o presidente enumera a falta de alguns itens e serviços para o custo ser mais baixo nos estabelecimentos que vendem tanto em atacado como varejo. Entre eles, a falta de fornecimento de embalagem e profissional para empacotar as compras, além de menos caixas e ausência de climatização nas lojas.
"Infraestrutura e serviço interferem no preço final", aponta. Na opinião do presidente da Acesu, a questão do preço mais baixo é relativo, pois quando se está pesquisando em diferentes locais, é preciso levar em consideração os gastos com deslocamento e o tempo.
Variações
O item que alcançou a variação mais alta foi o quilo do tomate, encontrado em um supermercado a R$ 1,79 e em outro a R$ 4,98, sendo a variação média de R$ 3,50 o quilo. Já a cebola foi o segundo produto que apresentou a maior diferença de preços. Enquanto em um dos estabelecimentos o alimento custava R$ 1,68 o quilo, em outro, o mesmo produto era vendido por R$ 0,83 o quilo, representando uma variação de 102,40%.
Outro produto que o consumidor deve ficar de olho durante a pesquisa é a maçã nacional, que pode ter variação de 83,64%. Se o cliente optar por comprar o quilo da fruta no estabelecimento mais barato, pagaria R$ 4,89 e, no mais caro, R$ 8,98. Outras frutas e legumes que apresentaram alta variação de preços são a cenoura (81,73%) e a laranja pêra (49,13%).
Menores diferenças
Dentre os 20 itens da pesquisa realizada pela reportagem, as menores variações de preço foram detectadas na venda do quilo da alcatra, encontrada apenas em dois locais visitados; da margarina cremosa Deline (250g), comercializadas em três estabelecimentos; e do arroz Camil (1 quilo), encontrado em quatro supermercados. As variações foram de 1,16%; 7,56% e 10,03%, respectivamente.

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