Encomendas atrasadas há mais de 30 dias e faturas acumulando juros pela falta de pagamento. O problema na entrega de correspondências via Correios tem se tornado frequente em toda a Capital. No entanto, conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect-CE), os carteiros não estão em greve, mas enfrentam dificuldades operacionais pela defasagem no número de funcionários.
Por meio da campanha "A culpa não é do carteiro", a representação exige a contratação imediata de pessoal por concurso público. Segundo um dos coordenadores do Sindicato, Geraldo Costa, as últimas admissões na empresa ocorreram pelo concurso realizado em 2011.
Ainda de acordo com Geraldo, cuja área de atuação é o bairro José Walter, cada carteiro precisa entregar cerca de 10kg de correspondências todos os dias, Já as carteiras, 8kg. Porém, ele tem conhecimento de profissionais que chegam a trabalhar com o dobro dessa quantidade.
Reforço
Os Correios reconhecem a ocorrência de atrasos nas entregas e a necessidade de reforçar as equipes de distribuição. Diante da situação, a estatal contratou, na semana passada, 60 profissionais sob o regime de mão de obra temporária para atuar nas entregas na Capital, além de outros 38 para o Interior do Estado.
Outras medidas postas em prática são a realização de horas extras, a adoção de entregas também aos sábados, o uso do apoio de empregados da área administrativa em atividades operacionais e a mobilização de mutirões aos finais de semana para triagem de objetos.
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