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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Eletrodomésticos puxam queda no varejo do Estado

A queda nas vendas do varejo ampliado do Ceará - que inclui veículos e peças e materiais de construção - se intensificou mais uma vez em maio, chegando a 14,7% ante igual mês do ano anterior, influenciado fortemente pelo subgrupo eletrodomésticos, que, com queda de 35,5%, puxou o grupo móveis e eletrodomésticos (-23,8%).

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outras fortes quedas responsáveis pela baixa do varejo ampliado em maio ocorreram nos grupos material de construção, com retração de 30,1%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, que teve recuo de 22,3%; veículos, motocicletas, partes e peças (-20,2%); e papelaria, com recuo mensal de 19,3%.
Acumulado
Com o resultado, o varejo do Ceará acumula, de janeiro a maio deste ano, queda de 12,2%. Nos apanhado dos últimos 12 meses, a retração da atividade chega a 11,5%. Sofrendo menor impacto, apesar de também estarem no negativo, estão os setores de combustíveis e lubrificantes, com queda de 3% na comparação com igual mês do ano anterior, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-4%) e o subgrupo hipermercados e supermercados (-4,8%), do grupo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Recuperação
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), Freitas Cordeiro, somente a partir das pesquisas referentes aos meses de junho e julho o comércio começará a dar sinalização positiva. Entretanto, ele avalia que "o varejo ampliado ainda deve continuar sofrendo, por abranger o setor de construção e de veículos".
Apesar da avaliação, ele considera que o setor de veículos já vem sentindo leve mudança positiva. "Temos sentido essa injeção da parcela do décimo terceiro do consumidor. Quando ele tem qualquer recurso, trata logo de recuperar o crédito", explica Freitas. "Esse varejo tem um reflexo forte da indústria da construção civil, que sofreu forte retração e não apresenta ainda sinais de reação", acrescenta.
Receita nominal
A receita nominal do varejo ampliado no Estado caiu 5,5% em maio ante maio de 2015, segundo dados do IBGE. Nos primeiros cinco meses de 2016, a variação acumulada também ficou negativa, em -2,4%. Nos últimos 12 meses, a receita nominal do varejo ampliado cearense acumula retração de 3,1%.
O maior avanço em termos de receita nominal em maio ficou por conta dos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,7%), enquanto o grupo material de construção teve a queda mais expressiva (-30,9%).
Freitas Cordeiro destaca que o Ceará tem um diferencial por ser um forte destino turístico, o que deve ajudar nos resultados de junho e deste mês. "Julho é mês de férias e nós somos um destino turístico, então com tudo isso eu acredito que os próximos resultados devem ser bem melhores, sinalizando uma ascendente", completa.
Brasil
Já no País, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 10,2% em maio de 2016, na comparação com maio de 2015, sem ajuste. Nesse confronto, as projeções variavam de retração de 8,70% a 5,90%, com mediana negativa de 7,60%.
Até maio, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 9,5% no ano e recuo de 9,7% em 12 meses.

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