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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Consumidor consegue poupar até 20% em feira

Com o dinheiro cada vez mais "curto" no bolso do consumidor, toda economia neste momento que o País atravessa é válida. Principalmente nos gastos básicos e necessários do dia a dia como a alimentação. De acordo com os frequentadores da feira livre do bairro de Fátima, a economia semanal nas compras de frutas, legumes e verduras podem chegar a 20%, dependendo dos preços da semana.

Para a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Ceará (Dieese-CE), Bruna Frazão, não tem como saber o percentual exato de quanto pode ser poupado pelo consumidor, pois muda em virtude da feira, do bairro e também pelo dia da semana, mas no local aumenta o poder de barganha. "O feirante pode, pela concorrência, negociar e baixar o preço na hora", declarou a economista. Bruna ainda explica que, na Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE), no dia que a mercadoria chega, o valor é mais alto, porém, conforme o produto vai amadurecendo o preço cai.
Comparação
"Indico ir em mais de uma feira para comparar valores e pechinchar, pois a pessoa sempre tem o poder de baixar o valor, especialmente se levar mais de um produto. Isso vale até para o feijão de corda, que após a barganha pode ser mais barato que o industrializado", afirmou.
Para Bruna, na ida ao supermercado, o consumidor acaba levando outros produtos, e se estiver com fome, vai comprar mais. "É importante ter cuidado com alguns hábitos. Como estamos em crise, temos que aprender a adequar a forma de comprar com o que estamos vivendo hoje", analisou a economista.
Boa economia
Para a enfermeira Bárbara Ponte, 27, o preço é bem mais em conta e ela acredita que economize em torno de 20%. Toda quarta-feira ela frequenta a feira do bairro de Fátima e aos sábados vai até à Gentilândia. "Na feira, o valor é mais barato do que os outros lugares e os produtos são mais selecionados. Conseguimos, assim, ter um cardápio nutricional mais equilibrado", comentou. Normalmente, Bárbara leva uma listinha com os itens que está precisando e leva uma grande diversidade de frutas e legumes. Nas sacolas não faltam alface, couve, beterraba, cebola, tomate, banana, abacaxi, melão e banana. "Não dá para levar grande quantidade porque estraga", destacou.
Variação de preço
A dona de casa, Evanil Parente, 83, gosta muito de ir à feira. "Acho que acaba sendo mais barato do que os valores do supermercado. Venho toda semana pois moro aqui perto", informou. Evanil já tem a banca certa para comprar cada item que gosta, por exemplo, laranja, caju e macaxeira.
Como a família é pequena, apenas ela, a filha e a neta, leva pouca quantidade e o necessário para não estragar. Mas o que acha ruim é a alteração de valor de uma semana para a outra. Feirante desde 1964, Adonias Pereira Barbosa, 67, confirmou esta oscilação de preço. "Muda de uma semana para outra e o freguês sempre reclama, mas o preço é de acordo com a dificuldade de conseguir a mercadoria", justificou.
Barbosa, considerou que alguns dias é mais barato que o mercado mesmo, além de ser mais conveniente, pois a pessoa escolhe o produto do dia. O também feirante, Manoel Alves, 71, declarou que o valor é de acordo com o que compra no Mercado São Sebastião ou na Ceasa. Ele acredita que o "freguês" economiza em torno de 10%. "Verduras e frutas sempre foram assim, quando têm muito é barato e quando têm pouco é mais caro. Mas são as únicas coisas que quando sobem de preço num dia, podem descer no outro".
Primeira experiência
O cuidador de idosos Fernando Pereira Santiago Filho, 46, esteve na feira pela primeira vez na semana passada em busca de um ingrediente para preparar pé de moleque. "Já que estou aqui e resolvi aproveitar", brincou. Estava achando os preços médios.
Ele tem o hábito de ir ao supermercado que é mais próximo da sua casa. Entre suas compras no dia, coco, alface e quiabo. "Só voltarei para comprar coisas específicas", informou.

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