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quinta-feira, 2 de junho de 2016

O valor da nossa renda

Produzidas pelas mãos incansáveis de mulheres do interior do Ceará e costuradas pelos habilidosos estilistas da Capital, as rendas ganham mais valor quando alinhadas ao design
Foi-se o tempo em que precisávamos "pescar" inspirações pelo mundo. Hoje, quem tem talento para enxergar as preciosidades da cultura local consegue se destacar valorizando o artesanato meticuloso das rendeiras do interior do Ceará. 

O trabalho vale mesmo ouro, não só pela técnica, que necessita de meses para finalizar uma peça, mas também pela beleza dos detalhes.
Mas, as rendas, assim como quase todo trabalho artesanal, se tornam cada vez mais raras no País. A falta de valorização fez com que os novos membros das famílias de artesãos seguissem outros caminhos e, assim, as técnicas manuais foram se perdendo com o passar das gerações. É por isso que o trabalho de estilistas como Ivanildo Nunes e Almerinda Maria se tornam essenciais na moda.
Alinhar as rendas tradicionais ao design faz com que o trabalho manual seja mais valorizado. "Um pedaço de renda sozinho não tem muito valor, mas quando está em um vestido de festa misturado com outras rendas e tecidos finos, ganha relevância e passa a valer mais", explica Ivanildo Nunes, designer especializado em moda criada a partir da renda.
Ivanildo trabalha com a marca que leva o seu nome há mais de sete anos. Apaixonou-se pelas rendas ainda adolescente, quando teve uma marca de moda praia que já utilizava o "feito à mão" em suas peças. Hoje, aposta no mix de rendas alinhado à tecidos finos para criar vestidos valiosos e super bem trabalhados.
A valorização da renda volta para as artesãs em forma de um pagamento mais justo. O estilista também apadrinhou uma comunidade em Penedo, no município de Maranguape, onde um grupo de 12 rendeiras trabalha com a ajuda e orientação do mesmo.
Almerinda Maria transforma rendas em peças tendência. Em seu ateliê, a tradição ganha novos ares em vestidos de festa e peças para o dia a dia. Ela gosta sempre de lembrar que a renda não precisa esperar uma data especial para sair do guarda roupa; pode estar presente no trabalho, no coquetel e em outras ocasiões mais habituais.
Antes de ser valorizadas no Ceará, as criações de Almerinda fizeram sucesso em São Paulo. Ela vendia no atacado para empresas como Carlos Miele e Daslu. Só depois, seu ateliê passou a ser ponto de encontro entre as alencarinas que se apaixonaram pela camisaria e peças modernas criadas com mistura de renda renascença, labirinto e renda francesa.
A designer considera o seu trabalho essencial para que a tradição não morra em nosso País. Por isso, Almerinda mantém, até hoje, um ateliê em São Paulo.
Mais informações
Ateliê Ivanildo Nunes
Av. Dom Luís, 300 - Lj 256
(85) 8508.3735
Ateliê Almerinda Maria
Rua Romeu Martins, 768
(85) 3498 5399
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