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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Projeto visa ajudar no combate aos insetos

Há mais de quatro anos, o professor Gustavo Batista, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está envolvido no desenvolvimento de um sensor capaz de identificar as espécies e o sexo dos insetos. Um dos principais benefícios do projeto é ajudar no combate ao Aedes Aegypti, já que é a fêmea que transmite doenças como dengue, zyka e chikungunya.

Em 2015, ele e o doutorando da mesma universidade, André Gustavo Maletzke, foram agraciados com uma Bolsa de Pesquisa Google para a América Latina. Há seis meses o aluno está envolvido no projeto. A meta agora é transformar o sensor em um produto eletrônico para que ele possa ser comercializado em breve e ajudar na operação de erradicação contra o mosquito. "Ainda estamos trabalhando para aperfeiçoar o protótipo. Recentemente demos um passo importante para cobrir uma das lacunas que estava em aberto, que era a avaliação do sensor em condições ambientais variadas", explicou o aluno André Maletzke.
O doutorando ainda disse que o professor Gustavo, que coordena o desenvolvimento do sensor, já foi procurado para que o projeto seja comercializado. "Ele foi procurado por empresas nacionais e de fora do País, mas ainda não há nada firmado".
André também destaca que o benefício da bolsa do Google, que ano passado favoreceu 12 projetos, entre eles o de oito brasileiros, foi essencial para acelerar o desenvolvimento do sensor. "O apoio fomentou a aquisição de equipamentos, permitindo com que novos protótipos fossem construídos e novas análises realizadas. A iniciativa é fantástica, pois sempre há necessidade de captar recursos para alavancar pesquisas e o desenvolvimento de novas tecnologias, ainda mais no atual cenário em que estamos vivendo no País. O Brasil tem avançado muito nesse sentido e hoje temos brasileiros de grande destaque lá fora, fato esse, que faz com que os olhares se direcionem para nós".
Os alunos agraciados recebem, pelo menos durante um ano, da multinacional americana, uma bolsa mensal de US$ 1,2 mil. Os professores orientadores, como é o caso de Gustavo, também recebem benefício em dinheiro, no valor de US$ 750.
Segundo André, o resultado final que pretendem chegar com o projeto é consolidar a tecnologia. "De modo que esteja pronta para gerar um produto que poderá auxiliar no combate ao Aedes Aegypti. Atualmente, trabalhamos em diversas frentes; uma delas é a conectividade com a internet", pontua.
Parceria
O projeto para o desenvolvimento do sensor iniciou em 2011, quando o professor Gustavo Batista cursava seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Riverside, nos Estados Unidos. Na ocasião, o objetivo dos pesquisadores era criar um sensor específico para os vetores da malária. Atualmente, o trabalho ainda conta com a colaboração da professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Solange Rezende, além do professor da Universidade da Califórnia, em Riverside, Eamonn Keogh, e do fundador e presidente da Isca Technologies, Agenor Mafra-Neto.
SAIBA MAIS
Com o objetivo de identificar e apoiar pesquisadores da região que estejam desenvolvendo pesquisas de ponta em Ciência da Computação e áreas relacionadas, a edição 2016 do programa Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina está com inscrições abertas até o dia 9 de junho. Professores orientadores das principais universidades na América Latina que trabalham em
Ciência da Computação, Engenharia ou áreas relacionadas podem submeter projetos de pesquisa em nome de candidatos de mestrado ou doutorado. As propostas e o currículo dos candidatos serão analisados por uma comissão interna do Google. Para saber mais detalhes e se inscrever, basta acessar o site g.Co/ResearchAwardsLatinAmerica

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