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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Mansueto defende corte de custos e nova Previdência

São Paulo. Em postagens publicadas em seu blog, o novo secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto de Almeida Jr., afirmou que o governo do presidente interino Michel Temer precisa aprovar no Congresso medidas de ajuste fiscal para iniciar a recuperação da economia. "A tarefa do governo é fazer o ajuste fiscal, retomar a agenda de reformas e iniciar a recuperação da economia. É uma agenda necessariamente longa", diz.

"Ao contrário do governo Lula de 2003, que assumiu com o compromisso de fazer um ajuste fiscal de 0,5 ponto do PIB - R$ 30 bilhões em valores de hoje-, o governo do presidente Temer começa com um desequilíbrio fiscal de quase R$ 600 bilhões (déficit nominal dos últimos 12 meses do setor público) e um buraco fiscal sem a conta de juros de R$ 140 bilhões (déficit primário dos últimos 12 meses até março pelo Banco Central)".
A solução para essa equação passa por reformas pouco populares, na avaliação dele. "Em uma democracia com 90% do orçamento consumido por despesas obrigatórias, 'ajuste fiscal' envolve necessariamente a aprovação de medidas no Congresso Nacional", afirma Mansueto em postagem na segunda (16).
Sem mágica
Entre essas reformas, complementa, está a previdenciária. "E se a sociedade não quiser fazer ajuste fiscal algum com mudanças de regras como, por exemplo, as regras de acesso à Previdência? Neste caso vocês sabem que não há mágica", complementa. "Se o Brasil não controlar o crescimento do gasto público, precisaremos de uma carga tributária crescente", ressalta. Caso a população não queira pagar mais impostos, o ajuste seria feito "de forma desorganizada pela inflação e com o aprofundamento da crise", ressalta Mansueto.
Ainda sobre Previdência, ele afirma que "precisamos debater a questão de forma séria e desapaixonada. Uma das piores coisas que pode acontecer a um país é 'demonizar' o debate, ou seja, as pessoas se recusarem a debater determinados temas. Mas vamos debater a questão previdenciária porque o processo de envelhecimento da população brasileira será muito rápido e, hoje, o Brasil já gasta com Previdência mais de 12% do seu PIB", conclui.

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