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segunda-feira, 23 de maio de 2016

BNDES: operações no Ceará com cartão se retraem 43%

Com o cenário de incerteza e o maior rigor por parte dos bancos na concessão de crédito, micro e pequenos empresários de todo o País estão reduzindo a busca por linhas de financiamento. No Ceará, o valor financiado por meio do Cartão BNDES no primeiro trimestre deste ano ficou 43,46% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Na região Nordeste, a retração foi de 44,71%, enquanto que no País a queda foi de 37,97%.

De acordo com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o cartão é responsável por algo em torno de 20% a 25% das linhas de financiamento oferecidas pela instituição. Se forem considerados todos os setores incluídos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), os desembolsos do banco para o Ceará em 2015 (R$ 3,91 bilhões) registraram um incremento de 23,27% comparado com 2014 (R$ 3,17 bilhões). O resultado foi puxado, principalmente, pelo setor da indústria de transformação, que registrou aumento de 303,85%.
Financiamento
Nos três primeiros meses deste ano, as empresas compradoras instaladas no Ceará financiaram R$ 42,8 milhões por meio do cartão, enquanto no mesmo período do ano passado o valor havia sido de R$ 75,7 milhões. Em toda região Nordeste, o valor recuou de R$ 480,54 milhões, no primeiro trimestre de 2015, para R$ 205,69 milhões no mesmo período deste ano. No País, o volume de recursos contratados nos primeiros três meses do ano caiu de R$ 2,77 bilhões, em 2015, para R$ 1,72, em 2016.
De acordo com o BNDES, o Ceará responde por cerca de 16% das operações realizadas no Nordeste. Em 2015, as empresas cearenses realizaram R$ 298,3 milhões em compras, enquanto na região Nordeste o valor foi de R$ 1,8 bilhão e em todo o País o volume chegou ao patamar de R$ 11,25 bilhões.
Restrição puxa queda
Segundo Ricardo Albano, chefe do departamento de operações de internet, responsável pelo Cartão BNDES, a queda no uso do cartão foi puxada pela maior restrição de crédito, que afetou, principalmente, as micro e pequenas empresas. Estas respondem por cerca de 98% das operações, enquanto o restante se refere a empresas de médio porte. "A solicitação por crédito teve uma queda de 17% no País. Hoje a maior demanda das empresas é por capital de giro, porque neste momento as empresas estão mais preocupadas em sobreviver do que em investir", disse.
No Ceará, embora tenha havido desaceleração nas contratações em relação aos anos anteriores, o volume de operações realizadas com o cartão BNDES cresceu 5,48% em 2015.

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