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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Tradição se conflita com ensino convencional

Itarema. Praia do litoral oeste do Estado, Almofala, a 204 quilômetros de Fortaleza, se notabilizou por avançar na causa indígena, com a construção de escolas e implementação de sistema de saúde diferenciado. Com qualidades e defeitos, a Escola de Mangue Alto não tem sofrido interrupção pois não há dependência de transporte escolar.

O diretor, Elardo Alves de Lisboa, disse que a dificuldade vai em outro sentido: superar o conflito que há entre uma escola que mantém as tradições indígenas e atender as demandas modernas de mercado.
Elardo afirma que algumas unidades vêm superando isso, com uma grade eclética, onde o aluno também é preparado para o Enem. Ele cita como exemplo a própria Maria Venâncio, que chegou a ter recentemente um bom desempenho na seleção proposta pelo Ministério da Educação.
Orgulho
Elardo lembra que o primeiro momento da escola indígena foi trabalhar muito a autoafirmação do aluno, para que não tivesse vergonha de ser índio. E ir mais além: ter orgulho da sua cultura e costumes.
O diretor explica que é considerável o desafio de manter uma grade com o específico da cultura indígena e o convencional quando há deficiências na condução do ensino. Um desses entraves é o fato de que não há concurso público para professor das escolas indígenas.
O quadro é formado na sua totalidade por contratos temporários para atender 68 alunos do ensino fundamental.
Elardo diz que a unidade também recebe estudantes que não são da etnia Tremembé. Ele explica que o mais importante é que haja uma identificação com a comunidade e o respeito às suas tradições, sem cair nos convencionais estereótipos.

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