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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Presidente Dilma recebeu decisão com 'tristeza' e 'indignação'

Brasília. O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse, na madrugada de ontem, que o governo recebeu com "tristeza e indignação" a decisão tomada pela Câmara de autorizar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mas garantiu que a petista lutará até o fim por seu mandato.Em entrevista após a Câmara dos Deputados dar andamento ao processo de impedimento, Cardozo reiterou que a presidente não cometeu crimes de responsabilidade e que a tentativa de impeachment atualmente em curso é um "golpe".

A presidente acompanhou a votação, ontem, ao lado ex-presidente Lula e de aliados no Palácio da Alvorada.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa amanhã da reunião do diretório nacional do PT, instância máxima do partido. Única esperança para sobrevivência do partido, Lula terá a tarefa de dar ânimo aos petistas após a votação na Câmara dos Deputados que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.
Apesar do discurso petista lembrando que ainda há chances de reversão do quadro no Senado, integrantes da cúpula do partido estão resignados. O ex-ministro Alexandre Padilha sinaliza que será a estratégia do partido, afirmando que não deixarão as ruas. Segundo Padilha, Temer saberá o que é governar com "o PT na oposição".
Durante o dia, dirigentes petistas mantiveram-se em contato com assessores diretos da presidente Dilma, em busca de informações. Às 17h30, iniciada a votação, caminharam da sede do PT ao vale do Anhangabaú palco de atos em defesa de Dilma.
No caminho, ao responder sobre sua aparente tranquilidade, o presidente da sigla, Rui Falcão, citou um personagem do filme "A Ponte dos Espiões". Condenado nos Estados Unidos pela acusação de espionagem, o russo sempre perguntava do que adiantaria ficar nervoso quando questionado sobre sua calma.
Após a votação, Falcão afirmou ainda que os deputados rasgaram a Constituição Federal ao autorizarem a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "Hoje a infâmia e o golpismo feriram a democracia, rasgando a Constituição", disse, por meio de nota.
Conspirador
Falcão voltou a acusar o vice-presidente Michel Temer de "conspirador" e disse que o "réu" Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, comandou "os golpistas" a "romperem com a regra constitucional".
"Hoje donos do dinheiro, a mídia monopolizada, os traidores dos partidos que se dizem de centro, o conspirador-geral da República, Michel Temer, e o corrupto do Eduardo Cunha ganharam a primeira batalha, mas não a guerra".
"Os golpistas violentam a soberania das urnas para impor seu programa de restauração conservadora, com ataques aos direitos dos trabalhadores, cortes nos programas sociais, privatização da Petrobras, arrocho dos salários, repressão aos movimentos sociais e entrega das riquezas nacionais", disse.
O presidente do PT conclamou a militância do partido a ocupar as ruas "contra a fraude do impeachment".

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