Delegado Fabiano Barbeiro que, em 2015, solicitou a suspensão do
WhatsApp no Brasil, em debate na CPI dos Crimes Cibernéticos, na
Câmara dos Deputados, no último dia 01/03, avaliou que não é difícil que o
serviço seja novamente bloqueado. Ele pediu na época informações sobre
suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Isso porque a empresa ainda não liberou informações sobre investigados.
O delegado afirmou que está indignado com a postura do serviço que segue
não liberando a informação. "Eu não consigo conceber o fato ou a alegação
de que a empresa não tenha capacidade técnica de atender esse pedido. O que eu
acredito, sim, é que existem razões comerciais para que ela mantenha esta
resistência. Eu não acho isso justo, não acho isto válido e não acho que isso
deve se sobrepor às nossas leis", afirma.
A presidente da Comissão, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO),
ponderou que deve haver uma solução que não puna a sociedade, mas que permitam
investigações policiais, quando necessário. "O grande problema é que o
WhatsApp se tornou uma ferramenta de uso diário das pessoas, facilitando a
comunicação, não só do dia a dia, mas também de trabalhos, interrelações, de
grupos e a gente percebe que as pessoas ficaram muito chateadas com a suspensão
do serviço. Porém, a gente entende, até pela fala do usuário que vários crimes
podem ser desvendados através de informações relacionadas com o WhatsApp. Então
a gente precisa criar um mecanismo para dar proteção ao usuário sem perder a
privacidade", afirmou Carvalho.
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