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quarta-feira, 2 de março de 2016

Pó de carvão segue atingindo famílias no Pecém

Em novembro de 2015, o Diário do Nordeste foi ao bairro Lagoa, no Pecém, e constatou que a fuligem do carvão mineral transportado pela esteira de minérios do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) estava causando sérios transtornos aos moradores locais, que tinham suas casas invadidas pelo pó de carvão, além de serem incomodados pelo barulho do equipamento. Mais de três meses depois, a situação não mudou muito, posto que, ontem, a reportagem voltou a receber, por meio da ferramenta "Vc Repórter", novas denúncias sobre o assunto.

Segundo Euriclécia Andrade, moradora do bairro Lagoa, o problema é tão sério que a forçou a se mudar do local onde residia. "Ocorre um descaso com a pequena população que fica situada próximo ao centro de Pecém. Eu tive que fechar minha casa e vir morar de aluguel, pois não aguentava mais conviver com pó de carvão mineral", afirma.
Conforme a moradora, o EDP (grupo que detém a Energia Pecém, empresa que administra uma das termelétricas) garante que o produto não é tóxico e tampouco causa poluição, mas, segundo ela, não é essa a realidade. "Temos pó de carvão na comida, na água, por todo lado. Além disso, populares estão ficando doentes. O barulho da esteira também é ensurdecedor", diz.
Multa de R$ 60 mil
Há duas semanas, o Ibama recebeu denúncias referentes ao pó de carvão no Pecém, onde constatou poluição e aplicou multa de R$ 60 mil a Cearáportos. No último sábado, o órgão voltou ao local, mas a esteira estava desligada e sem irregularidades. Através de sua assessoria, a Energia Pecém disse que "vai apurar todas as ocorrências apontadas", mas que não tinha como responder todas as demandas até o fechamento desta edição.

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