As próximas semanas devem registrar mais um ajuste de preços para um bem
considerado indispensável para a maioria da população no café da manhã: o pão.De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e
Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan-CE), Lauro Martins, o ajuste de preços
deve ser superior a 6%, mas não irá ultrapassar a casa dos 10%. Assim, o quilo
de pão, que hoje custa, em média, algo em torno de R$ 10,40, deverá variar
entre R$ 11,02 e R$ 11,44, dependendo do estabelecimento e do valor, de fato,
do ajuste que ocorrerá.
Insumos
Ele destaca que é bastante complicado ter que lidar com o encarecimento
do processo de produção sem pressionar os preços finais para cima.
"Todos os nossos insumos sofreram aumentos significativos nos
preços: o trigo, os ovos, o óleo de soja, o açúcar, que quase dobra, entre
outros. Tudo isso prejudica o processo de estabelecimento dos preços",
afirmou Lauro Martins.
Para o presidente do Sindipan-CE, este é apenas mais um setor a sofrer
as consequências do mau momento pelo qual passa o Brasil, com inflação alta e
câmbio descontrolado.
"O fato de termos um dólar muito alto prejudica a aquisição de
produtos de fora do País, encarecendo o processo. Por um lado, temos que
segurar os preços para que a demanda não caia, por outro, não podemos arcar com
todos esses custos adicionais, porque isso naturalmente ocasionaria desemprego.
Isso nos deixa em uma situação muito complicada, de não ter alternativa a não
ser repassar esses custos extras para o consumidor", ponderou.
Datas
Até o momento, ainda não há data exata para que os novos valores entrem
em vigor.
Segundo Lauro Martins, isto só será definido quando ficar determinado o
ajuste salarial da classe de trabalhadores do setor, que deverá ser acertado
ainda este mês de março.
"Não adianta colocar os novos preços na praça sem que tenha sido
definido o ajuste da classe. Seria aumentar os valores duas vezes seguidas,
desnecessariamente", declarou.
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