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segunda-feira, 7 de março de 2016

Disfunção erétil pode indicar risco de infarto

Doença que atinge 48% dos homens após os 40 anos, a disfunção erétil - ou impotência sexual - é a dificuldade em manter a ereção durante relação sexual, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Entretanto, falar sobre o assunto continua sendo um desafio, por conta do preconceito que ainda impera na sociedade machista.

E, para completar, a doença continua sendo compreendida pela maioria dos homens como um problema relacionado ao envelhecimento, segundo o Dr. Daniel Alcântara, especialista do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo. O médico alerta que a disfunção erétil pode ser indicativo precoce de risco de doença coronariana no futuro: "A disfunção de hoje poderá ser o infarto do miocárdio em quatro a cinco anos".
Doenças coronárias
O urologista explica que as artérias do pênis são semelhantes às coronarianas, sendo que as penianas têm um milímetro e as do coração três a mais.
"Se as artérias estão obstruídas e o sangue não chega até o pênis, isso pode ocorrer no coração também. É sinal de alerta para um paciente com risco de doença das coronárias", afirma Dr. Alcântara.
A causa da disfunção erétil, segundo o especialista, está diretamente relacionada ao desequilíbrio entre a contração e o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos (parede interna das artérias).
A disfunção erétil pode ser classificada em três grupos: orgânica, psicogênica e mista (orgânica e psicogênica). "Orgânica é a incapacidade de enchimento sanguíneo por uma obstrução das artérias, uma falha na estrutura do corpo cavernoso como uma fibrose. Já a causa psicogênica o paciente em determinadas situações inconsciente libera neurotransmissores que contraem os vasos sanguíneos e impedem a entrada adequada de sangue ao pênis", explica o urologista.
Prótese peniana
O diagnóstico é feito pela história clínica, exames físicos e de laboratório, além de teste de ereção. "São as opções disponíveis para avaliação e classificação da disfunção erétil". O tratamento tem que ser individualizado, cada caso avaliado em detalhe, explicitando o diagnóstico preciso para que o resultado seja eficaz.
O que existe hoje em primeira linha são os inibidores da PDE5 e/ou psicoterapia. A segunda linha de tratamento conta com autoinjeção intracavernosa e/ou bomba de vácuo. Já a opção de terceira linha é o implante de prótese peniana.
Conforme o Dr. Daniel Alcântara, o mais importante para o tratamento e a solução, em quase todos os casos, é a quebra do preconceito dos pacientes: "A disfunção é um sinal importante e que deve ser avaliado. É um marcador de saúde".

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