Os casos de microcefalia continuam aumentando no Estado do Ceará. Novo
levantamento divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) revela que,
entre um boletim e outro, mais nove foram confirmados, totalizando 33 casos em
18 municípios cearenses. Além disso, outros 256 permanecem em investigação e 46
foram descartados. As ocorrências aconteceram entre outubro de 2015 e o último
dia 22 de fevereiro.Ocorreram 19 óbitos, sendo três casos de natimortos e 16 que evoluíram
para óbito logo após o nascimento. Do total, 10 foram confirmados como
sugestivos de infecção congênita e, destes, um foi identificado com a presença
do vírus Zika no tecido fetal. Os outros nove casos seguem em investigação.
O último Boletim Epidemiológico da Microcefalia do Ministério da Saúde
revela que a incidência no Brasil chegou a 4.107 casos suspeitos em
investigação, com 583 confirmados e 950 já descartados. Os registros atingiram
235 municípios em 16 unidades da Federação. O Ceará é o 5º estado nordestino
com a maior número de casos confirmados até agora.
Foram confirmadas 30 mortes por microcefalia ou alteração do sistema
nervoso central, tanto após o parto como durante a gestação. Outras 80
notificações de óbito seguem em investigação. Apesar da preocupação dos casos
estarem relacionados ao vírus Zika, o Ministério da Saúde lembra que a má
formação é também causada por outros agentes infecciosos, como sífilis,
toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Características
A malformação congênita que impede o desenvolvimento do cérebro de
maneira adequada é identificada quando, em até 24h ao nascer, o perímetro
cefálico medido do recém nascido der igual ou inferior a 32 cm. Entre os bebês
prematuros, são considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico
menor que dois desvios padrões. Para diagnóstico, as crianças devem passar por
exames neurológicos e de imagem.
A recomendação da Sesa para as gestantes é o uso contínuo de repelentes
e roupas compridas, além de fazer o acompanhamento por meio do pré-natal com
realização de todos os exames indicados pelo médico. Além disso, a Secretaria
da Saúde reforça a importância da população reduzir a presença do mosquito
Aedes aegypti eliminando os criadouros.
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