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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Rochas nobres: CE quer ser 3º em exportação

O setor de mármores e granitos é uma das prioridades para captação de novas empresas para a Zona de Processamento e Exportação (ZPE), confirmou o presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Ceará (Simagran-CE), Carlos Rubens Alencar, após reunião realizada com os demais empresários do setor, além do secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, Antônio Balhmann, e o Presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior.

Conforme Carlos Rubens, o Governo ficou entusiasmado com as possibilidades e dados do setor cearense, que pretende ser, até 2020, o terceiro maior exportador de mármores e granitos do Brasil, superando a atual disputa com o Rio de Janeiro pela posição e atingindo a meta de US$ 200 milhões anuais. "Em 2020, a nossa meta é disputar o segundo lugar com Minas Gerais. O maior exportador do Brasil é o Espírito Santo", comenta.
Ainda de acordo com o presidente do Simagran-CE, a ZPE Ceará é nitidamente um dos raros instrumentos de política industrial que o País possui, colocando assim o Estado em posição de vantagem. "Agora a ZPE vai além da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e estamos otimistas com as oportunidades interessantes para o nosso setor", diz. Atualmente, as exportações cearenses de mármores e granitos somam US$ 19,7 milhões, com destaque para os blocos, que são vendidos para países como Estados Unidos, Canadá, Hong Kong e Taiwan.
Com relação à produção cearense de mármores e granitos, o Simagran-CE informou que toda a parte de pedreira é quase totalmente proveniente da região noroeste do Estado, onde destacam-se alguns municípios como Santa Quitéria, Uruoca, Granja, Meruoca, Massapê, Sobral e outros nas proximidades.
Agregar valor
De acordo com Antônio Balhmann, o governo está fazendo um forte trabalho para apresentar a ZPE Ceará aos empresários cearenses. Conforme diz, o setor de granito tem potencial não somente para maximizar sua produção e comercialização com outros países, mas também para agregar valor ao seu produto.
"Trata-se de um setor que fez um esforço monumental no passado para se tornar exportador, mas acabou não conseguindo exportar o produto acabado, que é o piso, passando assim a comercializar com outros países o bloco. Na época, o Brasil não tinha tantas condições, mas agora a situação mudou", afirma.
Agora, pontua Balhmann, com a ZPE, o momento é propício para se pensar em levar o setor cearense de granito a outro patamar. "Estamos levando esta mensagem no sentindo de que se analise se é possível agregar valor aos blocos que são do Ceará para fazer o produto acabado dentro da ZPE. Cabe ao setor de granito fazer um esforço novo, com um instrumento que não tínhamos na época", ratifica.
Flexibilidade
O presidente do Simagran-CE, porém, ainda vê a necessidade de flexibilização em algumas das propostas da ZPE, como o faturamento ter que ser 80% em função da exportação e 20% do mercado local. Já existe um estudo no congresso para que essa proporção caia para 60% para exportação e 40% para mercado interno. "Isso ajudaria e facilitaria para o setor de granito", afirma Carlos Rubens.
Entre as boa expectativas para o setor, está a oportunidade para as pequenas marmorarias se instalarem e poderem exportar, o que é impossível hoje por conta dos impostos e tributos. Atualmente, por exemplo, o Brasil exporta chapas de granito para os Estados Unidos, onde são produzidas pias e bancadas para cozinhas. "Com a ZPE, isso pode sair daqui pronto. É a grande oportunidade para estas empresas faturarem milhões", afirma.

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