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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Produção de rosas mira venda até 10 vezes maior

Os produtores de rosas e flores do Estado se preparam para atender à demanda durante o principal período de vendas do ano para o setor, que começa com a proximidade do Dia da Mulher, celebrado no dia 8 de março, e tem seu ponto alto no Dia das Mães, em 8 de maio. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Ceará (Floresce), Gilson Gondim, nos dez dias que antecedem essas datas, as vendas chegam a aumentar de oito a dez vezes, em relação à média diária. "São dez dias de consumo elevadíssimo", ele diz.

Gondim observa ainda que as vendas para o Dia da Mulher vêm crescendo a cada ano. "Com relação à flor de corte, como as rosas, o Dia da Mulher é uma data bastante importante", ressalta o presidenta da Floresce. Embora a estiagem tenha sido um dos principais desafios para os produtores locais nos últimos anos, para algumas empresas, a expectativa para 2016 é de crescimento. E há produtores que, mesmo diante da alta do dólar e da queda do consumo devido à crise econômica, estão apostando no mercado interno.
Depois do Dia das Mães, data mais importante para a comercialização de flores no País, as vendas do setor serão impulsionadas, principalmente, pelo Dia dos Namorados (12 de junho), Dia de Finados (2 de novembro) e pelo período de final de ano, devido à grande quantidade de festas de empresas, além das celebrações inerentes ao Natal e Réveillon. Gondim estima que apenas essas datas representem aproximadamente 30% do total das vendas anuais do setor. "Diferente de outros países, o Brasil ainda vive dessas datas, que são importantíssimas", afirma.
Preparação
Maior produtor de rosas de estufa do Brasil, o Grupo Reijers, que possui duas fazendas no Ceará, irá destinar toda a produção local de 2016 para o mercado interno. "A gente começou a trabalhar no começo do ano para ter um aumento de produção para essas datas específicas. Não temos planos de exportar neste ano", destaca Thiago Reijers, gerente de produção da fazenda do grupo em São Benedito, localizado na serra da Ibiapaba.
Ainda de acordo com Thiago Reijers, metade da produção deverá ser comercializada no Ceará e o restante em estados das regiões Norte e Nordeste, como Pará, Maranhão, Piauí e Pernambuco. "A expectativa é de aumento da produção em relação ao mesmo período do ano passado", opina o gerente. "Ainda é cedo para falar de quanto será o crescimento, mas a tendência é crescer", complementa.
Supermercados
Atualmente, um dos mais importantes canais de vendas dos produtores de flores são os supermercados, tendência que vem se consolidando ao longo dos últimos anos. Com um público mais qualificado, os estabelecimentos oferecem cada vez mais uma maior quantidade de espécies. De acordo com Thiago Reijers, por exemplo, de 30% a 40% da produção do grupo é comercializada em supermercados. "A gente chega mais próximo do consumidor final e consegue oferecer uma grande gama de produtos para decoração", ele pontua.
Se em âmbito nacional a expectativa é de que as vendas de flores e plantas apresentem queda em torno de 30%, neste ano a comercialização em supermercados deve ter retração menor, de 10%, diz Gilson Gondim. "As vendas em supermercados ainda são relativamente pequenas no Brasil, mas como é um consumidor mais qualificado, a queda é menor", afirma.
De acordo com o presidente da Floresce, no Ceará, a queda da produção deve ser menor do que no País, principalmente por causa das exportações. No entanto, ele ressalta que dos cerca de 200 produtores cadastrados na associação, apenas "cinco ou seis" exportam para outros países. Ainda assim, diz Gondim, mesmo aqueles que diminuíram a produção neste ano devem operar em capacidade plena nos períodos que antecedem as datas comemorativas.
Mercado
Gondim espera que o novo Mercado das Flores de Fortaleza, na Praça Joaquim Távora, na Avenida Pontes Vieira, previsto para ser entregue no próximo ano, ajude a alavancar definitivamente as vendas de flores na Capital cearense no futuro.
"O mercado será um ponto de convergência do setor, onde o produtor poderá vender diretamente ao consumidor final", opina Gondim. Idealizado por ele, o empreendimento custará aproximadamente R$ 2 milhões e terá 1,1 mil metros quadrados de área com 38 lojas de 18 metros quadrados cada.

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