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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Fortaleza registra 1º caso de febre chikungunya

"Não se pode baixar a guarda contra o Aedes aegypti nem um segundo", reafirma o gerente da Vigilância Ambiental e Riscos Ambientais da Secretaria de Saúde de Fortaleza (SMS), Nélio Moraes, ao confirmar o primeiro caso autóctone de Febre Chikungunya na Capital. "Isso quer dizer que a pessoa nunca saiu de Fortaleza e significa que a transmissão pode estar se dando dentro da cidade", explica.

No total, a Capital contabiliza três ocorrências da doença, sendo que os outros dois pacientes estiveram no interior de Pernambuco. Em 2015, foram duas confirmações de fortalezenses que viajaram para a República Dominicana. A constatação do caso local coloca em alerta vermelho as autoridades sanitárias de Fortaleza. A doença atingiu um adulto, de sexo masculino, morador das imediações do Campo do América, no Meireles. "Já estamos concluindo o bloqueio epidemiológico, com a aplicação de larvicida e inseticida para cortar a transmissão o mais rápido possível", garante.
Ele chama atenção para os principais sintomas da doença, A orientação é no sentido de que se procure um posto de saúde o mais breve possível para evitar que a enfermidade evolua. "É importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos), podendo potencializar artrite e outras formas de doenças reumatoide, invalidando a pessoa para o trabalho".
Por isso, febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações, podendo ocorrer dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele, são sinais de alarme. "O foco também são os idosos e se você tiver um deles em casa e com esses indícios, a recomendação é procurar rapidamente atendimento médico. A ocorrência será registrada, dando a possibilidade aos agentes de endemias a agir para evitar que a doença se propague nesses locais", aconselha Nélio.
Em sua avaliação, o Brasil, assim como o Ceará, enfrenta um cenário de risco constante não só para a dengue, mas para a Zika e a Chikungunya e que pode piorar entre os meses de março, abril, maio e junho. "É o maior problema sanitário do país nos últimos 100 anos. Somente a gripe espanhola infectou e levou à óbito tanta gente no mundo todo", ressalta.
Não é à toa, lembra, que em dezembro do ano passado, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) divulgou nota técnica chamando atenção para a infestação do mosquito. Portos, aeroportos e unidades de saúde foram alertados para o aparecimento de casos suspeitos, principalmente a última, "a fim de desencadear as ações necessárias de investigação epidemiológica e controle vetorial de forma oportuna, evitando a disseminação da doença".
Saiba mais
O que significa Chikungunya?
Significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, no leste da África, entre 1952 e 1953. A doença pode ser transmitida pelo Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus.

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