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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Ceará na disputa por Instituto de Tecnologia

O Ceará está mais um vez na disputa para receber um equipamento que deve ajudar a alavancar a economia da região. Dessa vez, o investimento em questão é o Instituto de Tecnologia de Energia Renovável (Inter), que será implantado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e funcionará como centro de testes e certificação dos equipamentos de energia eólica que forem produzidos no País. Em visita à capital cearense ontem, o secretário nacional do MCTI, Eronildo Bezerra, afirmou que o Estado reúne as condições necessárias para abrigar o empreendimento, o que representa uma vantagem no processo de escolha.

Para o titular da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Inácio Arruda, o Ceará "vem fazendo o dever de casa há um tempo", o que contribui para que o Estado reúna o maior número de atrativos para a instalação do Inter. "Temos conjuntos de parques eólicos funcionando, fábricas de pás eólicas e de aerogeradores, mapa eólico sendo atualizado, túnel de ventos na UECE (Universidade Estadual do Ceará)", enumera o secretário.
Arruda acrescentou ainda os dois cursos de graduação voltados para a área de energias renováveis no Estado como fatores importantes do ponto de vista de qualificação de pessoal para atuar no equipamento do MCTI. "Você tem a força no sentido de preparação das pessoas e, ao mesmo tempo, tem empresas de grande porte nesse setor, atuando aqui", reforça. O investimento previsto para o Inter é de R$ 404,59 milhões, segundo o estudo elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos.
Aproximação
A reunião de ontem, de acordo com o secretário, foi para adiantar a aproximação com o Ministério, uma vez que todos os Estados estão interessados em receber o investimento. "O próximo passo será se reunir no MCTI. Nós estamos montando uma comissão, com membros de várias secretarias, entidades e da academia, para reforçar o nosso empenho em trazer isso para cá", afirma Arruda.
Os possíveis locais de instalação do Instituto, adianta o titular da Secitece, são as áreas próximas ao Porto do Pecém, devido à movimentação dos equipamentos eólicos naquela região. "A UFC (Universidade Federal do Ceará) e a UECE também se disponibilizaram a abrigar esse empreendimento", acrescenta.
Produção nacional
O Inter vai funcionar como um centro de testes em energia eólica, além de desenvolver pesquisas para a área e realizar testes em protótipos. Segundo o secretário Eronildo Bezerra, atualmente, as empresas brasileiras do setor eólico passam cerca de seis meses na espera para realização de testes em laboratórios internacionais. "O processo de certificação no Brasil reduzirá custos de implantação e geração da energia eólica", salienta.

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