Cinco escolas públicas
estaduais do Ceará foram reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) como
exemplos de inovação e criatividade na educação básica. No total, 178
instituições em todo o Brasil receberam a congratulação.No
Ceará, foram agraciadas com a recognição as escolas estaduais Governador Adauto
Bezerra e Senador Osires Pontes, em Fortaleza; a Escola Dona Antônia Lindalva
de Morais, em Milagres; a Escola Monsenhor Furtado, em Meruoca; e a Escola
Júlia Catunda, de Santa Quitéria.
A
iniciativa de distinguir as escolas foi originada a partir de chamada pública
realizada pelo órgão federal, cuja intenção era conhecer que tipos de
atividades e projetos aplicados hoje nos ambientes de ensino são capazes de
contribuir para o desenvolvimento constante da qualidade da educação
brasileira. Em todo o Brasil, 682 entidades inscreveram-se para o certame
realizado pelo Ministério.
Critérios
Os
modelos de administração adotados pelas escolas, bem como os efeitos positivos
das iniciativas para as conquistas dos alunos na escola foram aspectos
observados pelo Ministério da Educação ao escolher as escolas.
Ana
Nunes, diretora da Escola de Ensino Médio Dona Antônia Lindalva de Morais, em
Milagres, sugere que a gestão democrática aplicada na instituição pode ter sido
um diferencial para que recebessem o título, por contar com participação ativa
de professores, estudantes e funcionários. Além disso, coloca também que a
proposta pedagógica da escola tem avançado com a inclusão de novas metodologias
de ensino e aprendizado.
"A
própria organização da sala de aula é diferenciada. Ao invés de filas, as
cadeiras são divididas em grupos de três membros e cada um tem uma função
específica, de acordo com a atividade proposta pelo professor. O professor não
é o centro da aula, pois o objetivo é favorecer o protagonismo do aluno, o que
proporciona que os estudantes se conheçam e se relacionem melhor", explica
a diretora.
Na
Escola Dona Antônia Lindalva de Morais, os alunos são ainda avaliados
diariamente sob quatro aspectos diferentes. As habilidades sociais de cada um;
a interdependência positiva, que analisa o desenvolvimento em grupo; a responsabilidade
individual; e o programa, que dá conta do conteúdo em si.
"Todos
os aspectos são trabalhados para favorecer o conteúdo. Entendemos que, dessa
forma, não há atrasos para os alunos que sabem mais, pois vão aprofundar-se nos
conteúdos enquanto ajudam os colegas com mais dificuldades. Percebemos que o
relacionamento entre eles facilita também a compreensão dos assuntos". A
escola passou a implantar o novo modelo no ano passado e já avalia
positivamente os resultados. "Foi um primeiro passo e está nos ajudando a
compreender o aluno melhor", coloca Ana Nunes.
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