Seja bem vindo...

Páginas

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Fábrica da Vestas no CE planeja exportar dentro de três anos

Responsável pela fabricação e manutenção de aproximadamente 20% dos aerogeradores em operação no mundo, a dinamarquesa Vestas inaugurou a indústria de Aquiraz - única planta que possui no Brasil - já falando em exportar o equipamento produzido no Ceará. Em cerimônia realizada ontem na própria fábrica, o vice-presidente global para Manufatura e Suprimento, Jean-Marc Lechêne, afirmou que "em breve", a produção chegará à América do Sul.

"Vamos, em breve, exportar para América do Sul, e isso será bom também para os nossos colaboradores", afirmou Lechêne, ao dizer que a "Vestas voltou ao Brasil para ganhar a liderança do mercado".
Mais ponderado, Rogério Zampronha, presidente da Vestas no Brasil, disse que "exportação é um desejo para o futuro e ela ultrapassaria a capacidade instalada da unidade cearense".
"Nos próximos três anos, nós vamos ter uma convicção de que a gente pode ou não fazer isso (exportar). O meu 'cheiro' é que sim e vocês já viram que a gente consegue implementar rapidamente a capacidade aqui", afirmou, lembrando que comercializar os equipamentos produzidos no Ceará "é um desejo da companhia e que vai se concretizar se nós formos competitivos".
Zampronha condicionou a exportação da fábrica cearense, primordialmente, a competitividade atingida pela Vestas nos próximos três anos e apontou para América do Sul, especialmente, a Argentina, e América Central como mercados de maior potencial. Perguntado sobre o quão vantajoso é estar próximo da única Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em funcionamento no País, a do Pecém, o presidente da empresa afirmou que "sem dúvida nenhuma isso seria um facilitador, mas ainda não chegamos a discutir isso".
De olho no Brasil
Ao relembrar os R$ 100 milhões aplicados para a fábrica de Aquiraz, cuja operação hera mais de 500 empregos diretos e indiretos, o vice-presidente global de Manufatura e Suprimento relembrou que a empresa esteve no País há 15 anos e, devido a dificuldades, "perderam o foco no Brasil". No entanto, valorizou a nova investida: "identificamos o País como um mercado muito promissor. Estamos aqui para ganhar e esperamos que nossos colaboradores ganhem também".
Já o presidente da Vestas no Brasil destacou as oportunidades que podem aumentar a participação da empresa no mercado em 2016, como novos leilões e também o que ele chamou de "mercado órfão" - os projetos eólicos atrasados ou inacabados. Neste último nicho, Zampronha apontou uma capacidade instalada 2 gigawatts (GW) a ser atendida e na qual a Vestas já visa angariar uma fatia.
'Estado é exemplo'
Antes mesmo de o governador Camilo Santana - presente ao evento - apontar as vantagens logísticas do Estado - com os portos do Pecém e do Mucuripe e a duplicação da rodovia de Beberibe a Fortim -, e, principalmente, o início da operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) em abril como um grande indutor da cadeia metalmecânica que vai atender a Vestas, Zampronha elogiou os trabalhos de captação do Ceará.
"Escolher o Ceará foi muito fácil. O Estado possui dois portos importantes, facilitando a logística internacional e espero que, em breve, a cabotagem também seja facilitada para enviarmos equipamentos para o Sul. O governo cearense também é descomplicado, de fácil acesso, apoia o desenvolvimento da indústria local, a iniciativa privada e é exemplo para os demais estados brasileiros", observou o presidente da Vestas Brasil ao discursar", ressaltou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário