São Paulo. A conta de luz pode começar a
ficar mais barata já nos primeiros meses deste ano, segundo afirmou ontem o diretor
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) José Jurhosa. De acordo com o
diretor, as bandeiras tarifárias, encargo adicionado à conta de luz para
custear as usinas térmicas, devem começar a serem reduzidas.
Hoje
(26), serão apresentados os novos valores das bandeiras, mais baratos, além de
ser criada uma quarta cor, a rosa, com encargo intermediário -entre a bandeira
amarela e a vermelha. Atualmente, as bandeiras se dividem em três cores, verde
-que não adiciona qualquer valor-, amarela - que adiciona R$ 2,5 a cada 100
kilowatts-hora consumidos-, e a vermelha - que adiciona R$ 4,5 a cada 100
kilowatts-hora consumidos.
Desde a
implantação do sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, a cor da
bandeira está vermelha, o que tem encarecido em 10% a conta de luz.
A
expectativa é que as cores sejam reduzidas gradualmente - primeiro para a nova
cor rosa, depois amarela e, por fim, verde.
Sem fatores de elevação
Jurhosa
afirmou também que há poucos fatores de elevação da conta de luz para 2016.
Assim,
com a retirada das bandeiras, as tarifas cobradas dos consumidores tendem a
ficar estagnadas, ou até mesmo a cair.
Ainda
há preocupação com o Nordeste, que enfrenta escassez hídrica. As estimativas
para o período chuvoso para a região, que se inicia em maio, será definidor
para o sistema das bandeiras - as principais térmicas que estão ativas ficam
nessa região.
"Poderíamos
utilizar a usina de Belo Monte para abastecer o Nordeste, mas com a liminar
impedindo o enchimento do reservatório, não sabemos quando poderemos
usá-la", disse Jurhosa.
Desde o
início do ano, o Ministério Público detém uma liminar impedindo a finalização
da construção da usina. O órgão alega que a empresa concessionária, a Norte
Energia, não cumpriu a exigência de reestruturar a Funai. José Jurhosa espera
que a situação se resolva nas próximas semanas.
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