Das opções de alimentos de
origem animal ricos em proteína, as carnes de porco e de carneiro se sobressaem
com os menores aumentos de preços no ano passado na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF). De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a inflação da carne de origem suína apresentou variação de
5,66% no acumulado de 2015, abaixo da inflação oficial, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de11,43%.
Já o
alimento de origem ovina registrou aumento de apenas 1,06% no período. E quem
não está abrindo mão da carne bovina continua se deparando com aumento de
preços bem maiores (13%). Itens como o fígado (16,63%), o contrafilé (15,68%) e
o patinho (15,73%) tiveram inflações superiores às demais de origem animal.
Já o
frango inteiro, que vem funcionando como "válvula de escape" em
relação aos altos preços das carnes bovinas, teve aumento de 13,48%. A opção da
ave em pedaços registrou aumento menor (7,76%). E nem o ovo de galinha escapou
da inflação. O item teve variação de 9,1% em 2015.
Pescados
Ainda
de acordo com dados do IBGE, o item pescados teve aumento de preços de 10,09%
em 2015. Abaixo desse patamar ficaram os aumentos registrados para cavala
(4,64%) e peixe-serra (7,53%).
A
variação registrada para o salmão (10,09%) manteve-se de acordo com esse
parâmetro, e a constatada para a tilápia (11,49%) ficou superior.
O
economista Alex Araújo destaca que, para escapar dos aumentos de preços mais
expressivos, a carne de carneiro pode ser uma opção. Entretanto, o produto
dificilmente é encontrado em supermercados.
Preconceito
Já a
carne de porco, mesmo saindo mais barata para o consumidor do que a opção de
origem bovina, ainda esbarra na questão cultural. "A carne de porco tem
consumo relevante em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Entretanto, aqui há
um preconceito muito grande (com relação aos malefícios para a saúde",
explica ele.
Na
avaliação do economista, os aumentos dos alimentos registrados em 2015 foram
influenciados pela relação entre a oferta e a demanda e também pelos custos dos
insumos essenciais para a produção de cada um dos itens. "No caso das
aves, tem o peso do milho e do farelo do trigo e de soja", exemplifica.
Troca de alimentos
E para
manter o orçamento familiar nos eixos neste ano, o consumidor precisará
investir na pesquisa de preços e fazer o uso da criatividade na hora de
escolher as opções ideais de alimento ricos em proteínas. "Ele precisa
trocar as carnes bovinas mais nobres por menos nobres ou então fazer a substituição
da carne bovina pela de frango", sugere.
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