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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

BC apreende R$563 mil em cédulas falsificadas

Milhares de notas falsas circulam pelas mãos dos cearenses sem serem notadas, ou mesmo, sendo apreendidas depois de transitarem entre diversas pessoas. Em 2015, foram recolhidas no Ceará 7.420 cédulas falsificadas pelo Banco Central, quantidade correspondente a um montante de R$563 mil. Apesar do número ainda ser significativo, foi registrada um recuo de 4,49% em comparação com 2014, quando foram apreendidas 8.772 notas ou R$589.526.

Márcia Silveira, que é chefe de sub-unidade do Departamento Meio Circulante do Banco Central, explica que a queda no número de apreensão é resultado do esforço do banco junto com a Polícia Federal, na tentativa de informar os brasileiros sobre as características das cédulas originais e nas operações para recolher as notas falsificadas.
"O banco dá cursos para caixas de comércios, empresas de transportes, mas pode atender outros tipos de empresas. A redução só virá quando a população tiver o hábito enraizado de conferir as cédulas", enfatiza.
Outra estratégia utilizada pelo Banco Central foi a criação do aplicativo de celular Dinheiro Brasileiro. A intenção é que a partir das informações disponibilizadas nesta ferramenta, os brasileiros saibam distinguir uma nota original de uma falsificada. O aplicativo pode ser baixado pelo Google play e Apple Store.
O principal alvo dos falsificadores no Ceará foram as cédulas de R$100, correspondendo a 61,41% das notas apreendidas em 2015. Entretanto, o primeiro lugar do ranking ficou com a nota de R$100 da segunda família do real, a instituição financeira conseguiu recolher 3.397 cópias, equivalentes a R$339.700. O segundo lugar, ficou com as notas de R$50 da segunda família, com 1.161 cédulas apreendidas. Já as antigas cédulas de R$100, da primeira família, ficaram com a terceira posição, com 1.160 unidades, equivalentes a R$116.000.
As chamadas cédulas da segunda família do real começaram a circular em 2010. As novas notas lançadas pelo Banco Central vieram com a proposta de impor mais obstáculos à falsificação. "A quantidade de falsificação diminuiu e a qualidade da falsificação também diminuiu", ressalta Márcia Silveira enfatizando que os brasileiros ainda não possuem o hábito de conferirem as notas, o que aumenta o número de ocorrências. "A gente sempre instrui a pessoa ao receber uma nota a pelo menos verificar. As falsificações que circulam no País é de pouca qualidade, é fácil descobrir que a cédula é falsa", emenda.
No País
Em todo território nacional, o recuo no número de apreensão de cédulas falsas foi ainda maior, de 17,24%. Em 2015 foram apreendidas 418.782 notas, enquanto que em 2014, o número aumenta para 506.026. Em comparação com 2008 - período em que circulavam apenas as cédulas da primeira família - o confisco de notas registrou uma queda de 22,05%.
Como verificar
Para saber se a cédula é falsificada ou não, o consumidor deve prestar atenção nos principais elementos de segurança. Nas notas da primeira família deve ser verificado a marca-d'água, a imagem latente, o registro coincidente e o relevo.
Enquanto que nas cédulas da segunda família do real, a pessoa deve estar atenta a marca-d'água, ao número escondido, o alto-relevo, a faixa holográfica (nas notas de 50 e 100 reais) e o número que muda de cor (nas notas de 10 e 20 reais).
De acordo com a legislação brasileira, a falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de três a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de seis meses a dois anos de detenção.

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