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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Banana pacovan sobe cerca de 50% em Iguatu

Iguatu O preço da banana pacovan subiu cerca de 50% nos últimos 15 dias e a fruta está escassa no mercado local. A elevação rápida de preço e a falta do produto são resultados de um novo desastre ocorrido nas várzeas do Rio Jaguaribe, neste município, na região Centro-Sul do Ceará, no fim de dezembro passado. Centenas agricultores familiares foram afetados com a ventania que destruiu dezenas de hectares de bananeiras.

Os prejuízos ainda não foram calculados, mas a estimativa inicial é de que sejam menores em relação ao ocorrido em 30 de dezembro de 2014, quando o vendaval afetou 285 hectares e 120 produtores, causando uma perda de R$ 7 milhões. Um ano depois, o problema se repetiu. "Foi um presente de Natal amargo, o vento veio forte e voltou a destruir bananeiras, nas mesmas áreas atingidas em 2014", disse o produtor Armando Souza, conhecido como Maninho.
O vento causou destruição em áreas de produção localizadas nos sítios Fomento, Cardoso e Quixoá. A maior parte do plantio já estava em plena recuperação, depois de um ano do fenômeno semelhante. Esse problema vem se repetindo nos últimos anos e tornou-se mais comum a partir de 2010. Alguns produtores que não foram afetados em dezembro de 2014, foram atingidos agora e outros em maior dimensão.
O município de Iguatu é um dos maiores produtores de banana do Estado. O cultivo ocorre em uma área estimada em 700 hectares, nas várzeas do Rio Jaguaribe. A maioria do plantio é da variedade nanica (casca verde) que não foi afetada pelos ventos fortes, pois possui estrutura baixa e tronco grosso. A destruição ocorreu nas áreas de cultivo da variedade pacovan, que tem pés elevados, em torno de sete metros, e troncos finos. A pacovan é a banana de casca amarela, preferida pelos consumidores, ideal para a mesa, semelhante à variedade prata. O milheiro do fruto chegou a ser vendido por R$ 150, mas desde novembro passado registrou redução para R$ 100. Agora, após o desastre voltou a subir.
Além da destruição das bananeiras, a escassez de água vem afetando os produtores, que estão desarticulados com o fim da Associação dos Fruticultores de Iguatu. O ex-presidente, Murilo Barroso, avalia que a atividade, nos moldes atuais, torna-se inviável para a maioria dos pequenos, que estão sem capital, com dívida nos bancos e arcando com elevados custos. "O quadro é de preocupação e de desestímulo", observou Barroso.
O produtor Francisco Alves de Lima, o Chico Dalina, 85, cultiva cerca de cinco mil pés de banana. Mais da metade é da variedade pacovan. "Perdi uns 300 pés", contou. Alguns produtores estão desistindo de cultivar a variedade pacovan e vão fazer a substituição por banana nanica.
"No início deste ano, fizemos várias reuniões e uma mobilização para os bancos prorrogarem empréstimos e conceder novos financiamentos, ainda em curso", disse o prefeito de Iguatu, Alderilo Alcântara.
Mais informações:
Escritório da Ematerce em Iguatu - (88) 3581-9478
Secretaria de Agricultura do Município - (88) 3581-6527
Associação dos Fruticultores de Iguatu - (88) 8817-1453

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