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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Protestos têm menor adesão

São Paulo. As primeiras manifestações de rua convocadas por movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitar o pedido para um processo de impeachment da presidente foram menores do que o esperado pelos organizadores, que já preveem novo ato em março do ano que vem. Alguns integrantes já citam a data de 13 de março. Os protestos retornaram ontem após um intervalo de quatro meses, mas com força reduzida. 

Em São Paulo, 40,3 mil pessoas foram protestar na Avenida Paulista, segundo o Instituto Datafolha - número distante do pico, registrado em março, com 210 mil presentes. Representantes do Movimento Brasil Livre estimaram 80 mil pessoas presentes, já o líder do Vem Pra Rua falou em 100 mil. A Polícia Militar informou que cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes. Os senadores tucanos Aloysio Nunes e José Serra também compareceram à manifestação. A baixa adesão se repetiu pelo País.
"A gente já esperava que a manifestação de domingo tivesse menos gente, já que tivemos só dez dias para organizar", disse Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua, em São Paulo. Segundo os organizadores, um novo protesto será convocado para março de 2016.
Grupos como Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua trataram os protestos de ontem como "aquecimento" para manifestações maiores no ano que vem. Ambos se disseram satisfeitos com o número de manifestantes que aderiram ao atos. No Rio de Janeiro, a Polícia Militar registrou 3 mil manifestantes que percorreram a orla de Copacabana com bandeiras e palavras de ordem contra a presidente. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou do ato e foi recebido como popstar entre pessoas que o cumprimentaram e até tiraram 'selfies' com ele.
Outras cidades
Em Belo Horizonte, o número de manifestantes também foi menor que o de agosto, 5 mil segundo estimativas da polícia, ante 6 mil do protesto realizado há quatro meses. Naquela ocasião, o presidente nacional do PSDB, senador e ex-governador do Estado, Aécio Neves, participou do protesto, o que não se repetiu ontem. Aécio se limitou a compartilhar informações sobre as manifestações no Facebook.
Em Brasília, o ato também foi visivelmente menor em relação a agosto e começou por volta das 10h30 em frente à Catedral Metropolitana, de onde os manifestantes seguiram para a Esplanada dos Ministérios. Por volta de 12h30, o ato começou a dispersar devido ao início da chuva. A Polícia Militar estimou 3 mil manifestantes no auge do protesto. Em agosto, as autoridades estimaram 25 mil manifestantes no ato realizado na capital federal.
Florianópolis reuniu 1.200 pessoas, menos de 5% do registrado no último ato. No Recife, 7.000 foram às ruas. Belém e Salvador registraram menos de 1.000 manifestantes cada. Os atos ocorreram em ao menos 87 cidades. A PM estimou, no total, 83 mil manifestantes. Para os organizadores, foram 407 mil.

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