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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Estado apresenta protocolo sobre zika e microcefalia

Para investigar a relação de possíveis casos de microcefalia com o vírus zika, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) lançou um protocolo visando orientar os profissionais de saúde e assegurar os cuidados com as gestantes e os bebês. O documento, composto por 26 páginas, está disponível para download no site do órgão. 

Nele, consta que é considerado caso suspeito toda grávida, em qualquer idade gestacional, com doença exantemática aguda, excluídas outras hipóteses de doenças infecciosas e causas não infecciosas conhecidas.
O Ministério da Saúde destaca como exantemáticas doenças que causam manchas vermelhas na pele, a exemplo da infecção por zika vírus, rubéola, exantema súbito (Roséola Infantum), dengue, enteroviroses, eritema infeccioso (parvovírus B19) e ricketioses.
Conforme protocolo lançado pela Sesa, é considerado caso confirmado toda grávida, em qualquer idade gestacional, com doença exantemática aguda, excluídas outras hipóteses de doenças infecciosas e causas não infecciosas conhecidas, com diagnóstico laboratorial conclusivo para vírus zika. A supervisora da vigilância Epidemiológica da Sesa, Daniele Rocha Queiroz Lemos, diz que o protocolo foi encaminhado para os profissionais das regionais de saúde de todo o Estado para ser divulgado amplamente.
"O protocolo traz a conduta clínica frente ao recém-nascido com microcefalia e frente à gestante com diagnóstico de microcefalia intrauterina".
Ela acrescenta que, semanalmente, são realizadas reuniões com especialistas que estão dentro desse fluxo de resposta de microcefalia e a Sesa, para atualização e readequação de condutas. A gestante que for diagnosticada, informa a supervisora, deverá ser encaminhada para atendimento especializado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC).
No Ceará, segundo o informe epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na última terça-feira (8), foi confirmado um caso de microcefalia relacionado ao vírus da zika, de uma criança que veio a óbito, e outros 40 estão em investigação. Só em Fortaleza são 12 ocorrências em análise. Daniele explica que a microcefalia pode ser diagnosticada pelo médico na gestação, através de exames de ultra-som, ou na hora do parto, pela avaliação do neonatologista. A gestora reforça que o combate à ocorrência da doença depende muito da população, uma vez que a prevenção é feita combatendo o Aedes aegypti.
Casos
Apontado como possível propulsor do aumento de casos de microcefalia, o vírus zika já infectou, pelo menos, cerca de 500 mil brasileiros. O número é apresentado no novo protocolo de vigilância e resposta à microcefalia relacionada à infecção pelo zika, divulgado pelo Ministério da Saúde. É a primeira vez que o governo realiza uma estimativa sobre o total de pessoas que adquiriram a doença, cujos registros de casos são desconhecidos.
Enquanto isso, o México aprovou, ontem, o registro da vacina contra a dengue da Sanofi Pasteur, que também está com pedido de registro no Brasil. A agência reguladora indica o produto para a faixa etária entre nove e 45 anos. De acordo com o laboratório francês, o imunizante tem 60,8% de eficácia contra os quatro sorotipos da doença, taxa de redução de hospitalização de 80,3% e diminuição de 95,5% de casos graves da dengue.
A imunização deverá ser feita em três doses, com intervalos de seis meses. De acordo com o laboratório, o desenvolvimento do produto levou em torno de 20 anos e, até o fim de dezembro, o pedido de registro terá sido feito em pelo menos 20 países.

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