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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Eletrônicos ficarão mais caros a partir de janeiro

Estão em vigor desde o dia 1º de dezembro as cobranças de 3,65% e 9,25% do Programa de Integração Social, somado à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), incidentes sobre as vendas a varejo de computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores. A incidência de uma ou outra alíquota depende do sistema de tributação do varejista, ou seja, se é cumulativo (lucro real) ou não cumulativo (lucro presumido). Com isso, o governo espera arrecadar R$ 6,7 bilhões a mais em 2016.

Com a volta da tributação - que estava zerada desde 2005, por meio do Programa de Inclusão Digital - o consumidor já está pagando mais caro em alguns estabelecimentos. Em outros, o repasse aos clientes ainda não aconteceu, mas deve ser feito em janeiro.
Uma rede de lojas do segmento de informática com atuação em Fortaleza, que preferiu não ser identificada, já aumentou os preços de alguns produtos, e os demais devem ter elevação apenas no mês de janeiro.
Já na rede de lojas Cecomil, ainda não estão sendo feitos reajustes nos preços em decorrência da mudança tributária, de acordo com informações do gerente de marketing da empresa, Antônio Carlos Rodrigues.
Segundo ele, os novos preços sobre os produtos devem ser aplicados a partir de janeiro e o aumento para o consumidor final irá ocorrer na mesma proporção da alíquota referente ao regime de tributação da empresa, que é de 9,25%.
Para segurar o valor dos itens até o próximo ano, foram necessários vários artifícios. O receito é de que as vendas se desaquecessem ainda mais agora por conta de elevações nos valores.
"Volume de estoque, questão de mercado, absorver parte do imposto, é todo um esforço para melhorar a condição de compra do consumidor", argumenta ele. Rodrigues, entretanto, prevê que haja uma retração nas vendas logo após o repasse do valor do tributo ao cliente. Entretanto, na opinião do gerente de marketing, o mercado ficará equilibrado com o passar do tempo. "É lógico que isso deve ser absolvido. O consumidor acabará assimilando", salienta.
Estoques
Nas lojas da Rabelo, o aumento de preços também está sendo segurado, sobretudo devido a estoques antigos dos produtos, mas o repasse deve ser feito no próximo mês.
"A gente está segurando ainda. Está esperando a virada do ano. Estávamos bem estocados, porque as vendas não vinham acontecido da maneira como nós queremos", salienta o coordenador comercial da empresa, Ricardo Marques.
Negociações
Já com relação ao reajuste que será constatado pelo consumidor, ele avalia que ainda não é possível precisar de quanto será. Isso dependerá, por exemplo, de negociações nos preços dos produtos com a indústria. "A gente espera que se consiga manter (o valor) o mais próximo possível do que está hoje", afirma.
A rede de lojas Nagem é mais uma que diz estar adiando o aumento de valores ao consumidor. "O repasse será integral (9,25%) a ser aplicado em janeiro de 2016, considerando que as margens para este tipo de produto são bastante reduzidas e não existe a possibilidade da empresa suportar este percentual nos seus custos", detalha posicionamento enviado pela empresa.

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