Seja bem vindo...

Páginas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Duas tartarugas marinhas ameaçadas de extinção são resgatadas no Ceará

Duas tartarugas marinhas, das espécies aruanã ou tartaruga verde (Chelonia mydas) e cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta), foram resgatadas no litoral de Paracuru, distante 95 Km de Fortaleza, na manhã da quarta-feira (2), pelos fiscais da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).
 As duas foram abrigadas por populares, em barracas de praia, depois de encalharem na areia. 


O resgate só foi possível, porque moradores da comunidade comunicaram o encalhe, logo depois de avistarem a ocorrência.

Os fiscais da Semace levaram os animais para a unidade do Instituto Tamar, na praia de Almofala, em Itarema, onde serão examinados e tratados, antes de serem devolvidos ao mar. O motivo do encalhe também será investigado, já que o litoral cearense não é área de desova das espécies. Com os casos de Paracuru, subiu para cinco o número de tartarugas resgatadas pela Semace, este ano, no litoral do Ceará.

Os animais, encontrados com diferentes traumatismos e debilidades, sobreviveram, mas seguem sob os cuidados do Instituto Tamar. O número de resgate pode ser maior com a colaboração das comunidades litorâneas. No caso de ocorrência de encalhes de tartarugas e outros animais marinhos, a ocorrência deve ser avisado à Semace pelo telefone (85) 3254.3083 ou pelo e-mailatendimento.fauna@semace.ce.gov.br.

Segundo a Semace, as cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, de acordo com os critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Quatro delas estão mais expostas à ação do homem e de predadores, porque realizam a desova no litoral, entre elas cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta).

Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando-se: a pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos e o aquecimento global.

Nenhum comentário:

Postar um comentário