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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Conta de luz pode cair em março

Brasília. A conta de luz dos brasileiros deve cair 8% quando a bandeira verde começar a vigorar, provavelmente a partir de março do próximo ano, segundo previsão do presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite. "A expectativa é que o período chuvoso seja bom e a bandeira fique verde. Se isso se confirmar, a conta de luz já se reduz em 8%", afirmou.

Segundo ele, ainda não é possível prever o nível dos reajustes da conta de luz no ano que vem. Neste ano, a tarifa subiu, em média, 44% para o consumidor residencial, incluindo o impacto da bandeira vermelha. Um dos itens que pode contribuir para a redução é a tarifa de Itaipu, que subiu quase 50% no ano passado devido aos impactos do risco hidrológico da usina. Apesar da alta do dólar em relação ao real, a tendência é de queda para 2016, informa o executivo.
A conta de luz de 2016 também não terá o efeito dos atrasos e cancelamento dos repasses do Tesouro programados para o setor em 2014, que foram repassados neste ano. Já a tarifa das usinas antigas e leiloadas na semana passada deve gerar um aumento de R$ 1 bilhão para a tarifa, ou algo em torno de 1%.
6ª mais cara
A tarifa de energia da indústria, por sua vez, atingiu o patamar de R$ 528,50 por megawatt-hora (MWh), a sexta mais alta entre países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta levantamento da Abradee. Em dólar, a tarifa é de US$ 151 e só perde para países como Itália, Alemanha, Japão, Reino Unido e Espanha, superando países como Grécia, França, Turquia, Dinamarca, Canadá, Suécia, Estados Unidos e Coreia do Sul.
De 2014 para 2015, o Brasil ganhou uma posição nesse ranking, ultrapassando a Grécia. O avanço só não foi maior porque o real perdeu valor em relação ao dólar neste ano, o que diminuiu o impacto da tarifa. A comparação considera as tarifas de agosto, um dólar de R$ 3,50 e incluiu também os impostos.
Já a conta de luz do consumidor residencial chegou a R$ 609,00 por MWh. Na comparação com outros países da OCDE, a tarifa no País é a décima mais alta. Em dólar, está em US$ 174 por MWh. No ranking, o Brasil ganha da Turquia, Estados Unidos, Coreia do Sul e Canadá.
Inflação
Com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a Abradee informa que a tarifa de energia elétrica residencial acumula uma alta de 797% de janeiro de 1994 a junho de 2015, menos que o salário mínimo, gás de cozinha e aluguel, e mais que o transporte público, comunicação, serviços pessoais, plano de saúde, alimentação fora de domicílio e gasolina.
Conforme Nelson Leite, o Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) foi de 77,3%. No ano passado, o índice foi de 78,9%. Em relação a 15 países da América Latina e Caribe, o índice ficou acima da média de 74,5%. Na comparação com os Brics, a qualidade de fornecimento de energia atingiu 4,1. A nota variava de 1 a 7. A nota é melhor que a da Índia (3,4) e da África do Sul (3,6).

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