As previsões para a inflação de
2015 bateram na trave dos dois dígitos no Relatório de Mercado Focus divulgado
nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central. A mediana avançou de 9,91% para 9,99%.
Esta é a oitava semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta
variável.
Há
quatro edições do documento, a mediana estava em 9,70%. No caso do Top 5 de
2015, o ponto central da pesquisa já havia atingido dois dígitos na semana
passada e agora avançou mais, passando de 10,03% para 10,16%. Há quatro
semanas, essa mediana estava em 9,61%.
Para 2016, a mediana das previsões
também disparou: passou de 6 29% para 6,47% na 14ª vez seguida de elevação. Há
quatro edições o ponto central da pesquisa era de 6,05%. No caso da elite dos
economistas que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, denominada
Top 5, houve queda, de 7,33% para 6,98%. Esta é a primeira vez que o novo grupo
apontado pelo BC apresenta suas estimativas depois da divulgação do IPCA de
outubro. Quatro edições atrás estava em 6,72%. A meta de inflação de 2015 e
2016 é de 4,5% com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo
ou para cima.
No
Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado
estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de
mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu
de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de
mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram
ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência.
Para a
inflação de curto prazo, a estimativa para novembro subiu de 0,60% para 0,62%
de uma semana para outra ante taxa de 0,57% verificada há um mês. No caso de
dezembro, que aparece pela primeira vez na Focus, a taxa passou de 0,70% para
0,71%. Quatro semanas atrás estava em 0,67%.
Depois
de terem caído na semana passada, as expectativas para a inflação suavizada 12
meses à frente também voltaram a ultrapassar o teto da meta, saindo de 6,47%
para 6,70% - quatro edições atrás estavam em 6,24%.
Preços administrados
Apontados
pelo Banco Central como principais responsáveis pela extensão da busca da meta
de inflação apenas em 2017, os preços administrados voltaram a subir. Segundo o
relatório, a mediana das previsões para esse conjunto de itens no ano que vem
saltou de 6,75% para 6,95%. Há quatro semanas, estava em 6,27%.
Para
2015, as estimativas do mercado financeiro para os preços administrados saiu de
16,50% para 17,00% de uma semana para outra - um mês atrás, a mediana das
estimativas era de 16,00%.
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