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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Diminuem 48% os ataques de animais peçonhentos no Ceará

Os animais peçonhentos foram responsáveis, entre 2007 e outubro deste ano, no Ceará, por 25.028 acidentes, sendo 14.247 deles (57%) nos municípios de Fortaleza, Russas, Limoeiro do Norte, Sobral e Jaguaribe, de acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

Em 2015, foram registradas, nos dez primeiros meses do ano, 2.241 ocorrências, número 48% menor do que o apurado em 2014, quando foram notificados 4.379 acidentes. No Brasil, no mesmo período, já se somam 170.148 mil registros, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Dentre os animais que oferecem riscos, como serpentes, aranhas, lagartas e abelhas, o escorpião é o que se destaca no número de casos, com 1.443 acidentes até outubro deste ano e 3.312 no total de 2014. No acumulado entre 2007 e 2015, foram 15.900 acidentes. Neste mesmo período, por exemplo, apenas 106 incidentes com lagartas foram registradas.
Para qualificar a atenção às vítimas, a Secretaria da Saúde do Estado promoveu, nos dias 24 e 25 últimos, um evento direcionado a cem médicos e profissionais de enfermagem da atenção básica de saúde dos municípios. A Capacitação para Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos aconteceu no Auditório Waldir Arcoverde, na Avenida Almirante Barroso, Praia de Iracema.
Acidente
Conforme a Sesa, em caso de acidente, o paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para o hospital. A única unidade hospitalar que oferece o serviço na capital é o Instituto Doutor José Frota (IJF). A principal recomendação da Sesa é para que, durante o socorro, a vítima se mova o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo e o local da picada pode ser lavado apenas com água e sabão.
Além disso, não é recomendável amarrar o membro acidentado, nem sugar o ferimento com a boca. Também não é indicada a aplicação de qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, urina, entre outros) na lesão. No momento do atendimento, é importante informar o máximo de características do animal, como espécie, cor e tamanho.
Veneno
Os animais peçonhentos injetam veneno pelo ferrão, dente, aguilhão ou cerda urticante. Dependendo da espécie, os acidentes podem até levar à morte, caso a pessoa não seja socorrida e tratada adequadamente, quando necessário, com soro específico. O Ministério da Saúde distribui soros anti peçonhentos para todo o País, que estão disponíveis na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). A identificação do animal facilita em muito o diagnóstico e o tratamento. (Colaborou Ana Lidia Coutinho)
Fique por dentro
População pobre da área rural é a maior vítima
Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta substância, que é o veneno, possuem glândulas que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como moderados ou graves, podendo levar à morte.
Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. A Organização Mundial da Saúde inclui os acidentes com os peçonhentos na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria dos casos, populações pobres que vivem em áreas rurais.

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