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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dengue grave e com sinais de alarme soma 58 óbitos no CE

Neste ano, o Ceará confirmou, até outubro passado, 58 óbitos por dengue grave ou com sinais de alarme. Isso, além de representar um aumento de 20.84% em relação ao igual período de 2014, coloca o Estado na terceira colocação no Brasil no total de mortes provocadas pela doença nessas duas classificações. São Paulo, com 435, e Goiás, com 72, lideram a lista. Os dados fazem parte do mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

A publicação chama atenção para o resultado de casos prováveis em municípios com população acima de um milhão de pessoas. Fortaleza ocupa a 5ª posição, com 26,9 mil registros e uma taxa de 1.047,2 para cada 100 mil habitantes. Acima da Capital,= estão Campinas (SP) com 59.051 casos e incidência de 5.709,9 por 100 mil; Goiânia (GO), 65.928 ocorrências e taxa de 4.181,0; Guarulhos (SP), 25.718 e 1.959,9 respectivamente e Recife (PE), com 19.510 e 1.212,9 por 100 mil. A boa notícia é que Sobral (município com até 499 mil habitantes) e Meruoca (com até 100 mil pessoas) saíram da relação dos locais com maior número de casos.
O boletim avalia que, mesmo com a tendência de redução do número de casos desde setembro e outubro, a incidência acumulada ainda é muito alta. No Ceará, a taxa chega a 716,9 ocorrências a cada 100 mil. Em relação à questão, o Estado é o segundo no Norte/Nordeste. Pernambuco, com taxa de 854,6, é o sexto no Brasil. Goiás, com 2.181,2; São Paulo, com 1.580,5, e Minas Gerais, com incidência de 848,9, estão nos primeiros lugares.
Em 2015, aponta o Ministério, foram registrados 1.485.397 casos prováveis de dengue no País - casos notificados, incluindo todas as classificações, exceto descartados, até o dia 10 de outubro. "Nesse período, a Região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis (950.144 casos; 64,0%) em relação ao total do País, seguida das regiões Nordeste (268.782 casos; 18,1%), Centro-Oeste (186.862 casos; 12,6%), Sul (51.059 casos; 3,4%) e Norte (28.550 casos; 1,9%). Foram descartados 515.956 casos suspeitos de dengue no período", divulga o boletim.
O infectologista Anastácio Queiroz avalia que é impossível combater o avanço do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, sem a colaboração de todos. "Eu faço minha parte, você faz, seu vizinho faz, mas basta um deixar para lá e abrir guarda, o Aedes aegypti vai agir e se proliferar. Portanto, é um desafio imenso somar as ações do governo, recursos e 100% de população consciente. Estamos completando 30 anos da doença, sabemos como combatê-la e destruí-la, mas, infelizmente, estamos muito longe disso", lamenta.
Capacitação
A Secretaria Municipal de Saúde diz que, entre as ações, estão as parcerias com movimentos sociais, entidades e que tem feito o monitoramento diário dos casos suspeitos, a capacitação para os agentes de controle de endemias e agentes comunitários de saúde, a criação dos comitês populares de saúde e intensificação das ações de educação e mobilização em locais com grande fluxo de pessoas, como estádios de futebol e diferentes eventos.
A responsável técnica pelo Programa de Controle da Dengue, da Secretaria Estadual de Saúde, Ricristhi Gonçalves, diz que a vigilância epidemiológica melhorou e destaca o trabalho da Sesa com treinamento e acompanhamento dos indicadores e controle do vetor.

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